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Nº 5822
Economia

Nova Ceasa deve ficar pronta em agosto

FÁBIA ASSUMPÇÃO Construído há mais de 25 anos, o prédio da Central de Abastecimento (Ceasa), localizado no bairro da Levada, está com sua capacidade esgotada. Projetado na década de 1970 para operar com 3.500 toneladas/mês de produtos hortifrutigranjeiro

Por | Edição do dia 30/01/2005 - Matéria atualizada em 30/01/2005 às 00h00

FÁBIA ASSUMPÇÃO Construído há mais de 25 anos, o prédio da Central de Abastecimento (Ceasa), localizado no bairro da Levada, está com sua capacidade esgotada. Projetado na década de 1970 para operar com 3.500 toneladas/mês de produtos hortifrutigranjeiros, hoje, na mesma área física, são comercializadas entre 10.500 e 11.500 toneladas/mês. Por isso, sua transferência para outro local é considerada tão urgente. Na semana passada, durante uma visita ao canteiro de obras da nova Ceasa, na antiga área da fábrica de Móveis Forene – na entrada da Utinga –, o governador Ronaldo Lessa prometeu que o empreendimento vai estar pronto até agosto. O diretor de Abastecimento do Instituto de Desenvolvimento Rural e Abastecimento de Alagoas (Ideral), Luiz Eduardo Santa Rita, diz que, além de problemas estruturais, a área da atual Ceasa, de apenas 36 mil metros quadrados, é insuficiente para atender ao volume de mercadorias que é comercializado atualmente. Hoje, todos os dias, cerca de 70 a 110 caminhões descarregam mercadorias no local, embora o estacionamento da Central tenha capacidade para receber apenas 50 caminhões. “Nos dias de maior movimento, ninguém consegue circular pela área em torno da Ceasa, por causa dos congestionamentos”. A falta de espaço também faz com que alguns produtos só sejam encontrados fora da área interna do prédio – caso de frutos como o coco e a laranja, e também da cana-de-açúcar. “Você não encontra um só coco dentro da Ceasa ou mesmo laranja, porque não há espaço para vendê-los aqui dentro”, observa Santa Rita. A própria estrutura física do complexo já foi condenada durante inspeções e vistorias realizadas pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura de Alagoas (CREA) e pelo Corpo de Bombeiros, por causa de problemas verificados em suas fundações. Algumas obras de emergência já foram executadas na tentativa de conter as rachaduras, mas o problema não foi resolvido. Nos períodos de chuva, as inundações também prejudicam o funcionamento da Central. Por falta de espaço, a Ceasa de Alagoas vem perdendo mercado para outros estados, inclusive municípios de menor porte do que Maceió, como é o caso de Caruaru. “Há muita gente de outros estados interessada em vender na Ceasa, mas não há espaço”. Santa Rita assegura que, com o novo complexo, todos esses problemas serão superados. A obra envolve investimentos da ordem de R$ 12 milhões, bancados exclusivamente pelo Estado. Localizado a 25 minutos do Centro de Maceió, na BR-104 (na Utinga), o prédio terá capacidade de comercialização para 16 mil toneladas/mês – e vai ocupar uma área total de 72 mil metros quadrados. Desse total, 23.850 metros quadrados serão de área construída. A nova estrutura abrigará cinco galpões: um destinado ao produtor, com 192 lojas de 50 metros quadrados cada, 800 pedras, oito lanchonetes, um restaurante, áreas reservadas para posto bancário, posto médico e outros serviços. O estacionamento terá capacidade para 220 vagas para permissionários e mais 620 para o público. O Estado está em processo de desapropriação de uma área de 40 mil metros quadrados (onde estão instalados os antigos galpões da fábrica Forene), que servirá para garantir a ampliação do número de permissionários e também uma futura ampliação. Santa Rita acrescenta que só para estacionamento dos caminhões serão criadas 192 vagas, com descarregamento simultâneo, o que evitará os problemas de congestionamentos registrados na atual Ceasa. Um levantamento dos volumes comercializados na Central, feito pela Divisão Técnica do Instituto de Desenvolvimento Rural e Abastecimento de Alagoas (Ideral), mostra que entre 1976 e 2003 houve um crescimento de mais de 110% nas atividades. Para se ter uma idéia, o volume de mercadorias vendidas na Ceasa foi de 38.295,70 toneladas. Em 2003, esse volume já era de 96.044,02 toneladas. Em 2004, nos primeiros seis meses do ano, o total já ultrapassava a marca de 44 mil toneladas. Leia mais sobre o assunto na página A 22

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