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Nº 5824
Economia

D�lar perde para o real pelo oitavo �m�s e bancos erram previs�es

O real fechou o oitavo mês consecutivo de valorização frente ao dólar - para o desgosto dos exportadores, que perdem dinheiro na hora de trocar suas divisas. Mais uma vez, os bancos erraram suas previsões para o câmbio. No último dia de janeiro, a moeda

Por | Edição do dia 01/02/2005 - Matéria atualizada em 01/02/2005 às 00h00

O real fechou o oitavo mês consecutivo de valorização frente ao dólar - para o desgosto dos exportadores, que perdem dinheiro na hora de trocar suas divisas. Mais uma vez, os bancos erraram suas previsões para o câmbio. No último dia de janeiro, a moeda americana caiu 1,39% e encerrou vendida a R$ 2,61 - bem abaixo da média projetada pelos analistas (R$ 2,70) para o período. Essa é a menor cotação desde o início de junho de 2002. No mês, a baixa acumulada foi de 1,65%. A queda da cotação ontem se acentuou após o anúncio do lançamento de uma captação externa pelo Tesouro Nacional, que ofereceu aos investidores um bônus de 20 anos. A oferta inicial era de US$ 1 bilhão, mas devido à forte demanda (acima de US$ 6 bilhões), o Brasil elevou o valor da emissão para US$ 1,25 bilhão. A operação indica que, lá fora, existe apetite dos grandes bancos por papéis de emergentes, um sinal de confiança na economia do país e uma garantia de acesso à capital externo. Ou seja, o ingresso de dólar tende a continuar forte, sem criar problemas graves de financiamento para o governo e empresas. A moeda americana chegou a exibir uma cotação mínima de R$ 2,609. Se por um lado a queda do dólar é positiva para aliviar as importações de matérias-primas e, por tabela, reduzir a pressão sobre a inflação, o real forte pode prejudicar o saldo da balança comercial no futuro. É por isso que os exportadores reclamam da queda do dólar, pois eles faturam menos na conversão da moeda. Desde o final do ano passado, o dólar no Brasil segue a tendência internacional da cotação. No mundo, a moeda dos EUA perde valor para o euro, iene e libra. A depreciação do dólar interessa aos EUA, pois estimula suas exportações e inibe as importações.

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