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Nº 5822
Economia

Demanda faz Brasil elevar oferta de novo b�nus

O governo brasileiro elevou de US$ 1 bilhão para US$ 1,250 bilhão a oferta de um novo bônus da República com vencimento em 20 anos, segundo operadores. O motivo foi a forte demanda de investidores pelo papel, estimada em mais de US$ 6 bilhões. A remunera

Por | Edição do dia 01/02/2005 - Matéria atualizada em 01/02/2005 às 00h00

O governo brasileiro elevou de US$ 1 bilhão para US$ 1,250 bilhão a oferta de um novo bônus da República com vencimento em 20 anos, segundo operadores. O motivo foi a forte demanda de investidores pelo papel, estimada em mais de US$ 6 bilhões. A remuneração proposta inicialmente pelo Tesouro Nacional ao investidor era de 8,95%, mas a taxa final pode ficar menor (8,90%) devido ao excesso de procura. O vencimento do bônus é o maior desde a emissão de 12 de janeiro do ano passado, quando o Brasil lançou US$ 1,5 bilhão em papéis de 30 anos. A operação de ontem é liderada pelo Deutsche Bank e pelo UBS. Essa é a segunda emissão realizada pelo Tesouro em 2005. A primeira foi anunciada no último dia 20, de 500 milhões de euros em bônus de dez anos, liderada pelos bancos BNP Paribas e Deutsche Bank. O plano do governo, divulgado em setembro passado, era captar US$ 6 bilhões em 2005. Cerca de 40% desse valor já foi obtido, incluindo a operação do último dia 20 de janeiro e as três últimas de 2004, que somaram US$ 1,728 bilhão. Esses recursos serão usados para honrar os compromissos da dívida externa que somam US$ 6,117 bilhões neste ano, além de US$ 4,974 bilhões em juros. O governo tem de pagar ainda ao FMI (Fundo Monetário Internacional) US$ 6,117 bilhões. Quanto mais o governo emite títulos, mais cresce sua dívida externa - que, em outubro do ano passado (dado mais recente), somava cerca de US$ 203 bilhões. O governo brasileiro aproveita este momento para captar porque o risco-país - que reflete parte da confiança do investidor no Brasil - está em um patamar baixo. Só no ano passado caiu 17,5%. Isso significa que o país paga juros menores para vender papéis da dívida. O risco Brasil está em menos de 420 pontos, ou seja, 4,2% acima dos títulos do Tesouro Americano - considerados de risco zero. O lançamento de títulos no mercado internacional é uma maneira de o governo conseguir empréstimos em moeda estrangeira, como dólar ou euro. Esses recursos são depositados nas reservas internacionais do país. O dinheiro das reservas internacionais, por sua vez, só pode ser utilizado, com poucas exceções, no pagamento da dívida externa do governo ou nas intervenções que o Banco Central faz no mercado de câmbio.

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