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Nº 5824
Economia

BC antecipa resgate de d�vida cambial e amplia interven��o no d�lar

O governo anunciou ontem uma medida que tende a pressionar o dólar - no dia em que a divisa ameaçou ficar abaixo de R$ 2,60. Por meio de leilões semanais, o Banco Central (BC) vai antecipar o resgate de contratos da dívida pública atrelados à moeda americ

Por | Edição do dia 02/02/2005 - Matéria atualizada em 02/02/2005 às 00h00

O governo anunciou ontem uma medida que tende a pressionar o dólar - no dia em que a divisa ameaçou ficar abaixo de R$ 2,60. Por meio de leilões semanais, o Banco Central (BC) vai antecipar o resgate de contratos da dívida pública atrelados à moeda americana (“swap cambial”, troca em inglês). Atualmente, o BC só recompra esses papéis no dia do vencimento. A partir de hoje, data do primeiro leilão de swap cambial, a autoridade monetária vai tentar retirar de circulação contratos com vencimento em julho deste ano e janeiro de 2005, 2006 e 2007. Nos novos leilões, os investidores (em geral, grandes bancos) vão receber em troca (“swap”) dos papéis cambiais novos contratos com vencimento semelhante com a diferença de que esses vão garantir uma remuneração de acordo com os juros básicos da economia (taxa Selic), e não mais pela moeda americana. Essa operação tende a pressionar o dólar, porque reduz a oferta de instrumentos usados pelo mercado para se proteger contra as variações do câmbio. Geralmente, empresas adquirem esses contratos como uma forma de “hedge” (proteção cambial). Com o menor número de contratos disponíveis, a tendência é comprar dólar diretamente no mercado. O lado positivo da medida é acelerar a melhora da composição da dívida pública do País. Atualmente, menos de 10% da dívida pública em títulos é atrelada ao câmbio. Esse percentual já superou 40% no governo FHC. A vantagem de ter uma dívida menos refém do câmbio é que o país sofre menos no caso de uma crise externa. Quando ocorre uma crise no cenário internacional, o dólar tende a subir, encarecendo a dívida. Oficialmente, o BC não admite que a medida visa interferir na cotação da moeda americana.

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