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Nº 5822
Economia

M�nimo atinge US$ 100 pela 1� vez com queda do d�lar

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Por | Edição do dia 04/02/2005 - Matéria atualizada em 04/02/2005 às 00h00

Pela primeira vez no governo Lula, o salário mínimo atingiu US$ 100. O mérito é da forte queda do dólar, e não de uma política de recuperação da renda e do poder de compra do trabalhador. O valor do salário mínimo deveria ser atualmente quase seis vezes maior para garantir uma vida digna ao trabalhador brasileiro, segundo estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Ou seja, a cifra de US$ 100 já não significa mais um “sonho” para o assalariado. Segundo cálculo do Dieese, o salário mínimo deveria ter sido de R$ 1.452,28 em janeiro (quase US$ 560). A estimativa do Dieese considera o maior valor apurado para a cesta básica no mês e o preceito constitucional determinando que o salário mínimo deve ser suficiente para a manutenção de um trabalhador e de sua família, suprindo suas necessidades com alimentação, moradia, educação, saúde, transporte, vestuário, higiene, lazer e previdência. Ontem, a moeda norte-americana fechou na casa de R$ 2,60 pela primeira vez desde junho de 2002. A partir de maio, o salário mínimo vai subir de R$ 260 para R$ 300. O mínimo de US$ 100 era uma bandeira eleitoral do PT, partido do presidente Lula, e de políticos como o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA). Se o dólar continuar em queda, o mínimo vai superar essa marca. Há bancos que apostam que a moeda norte-americana pode testar uma cotação mínima de R$ 2,50 nas próximas semanas. Nos três últimos anos do primeiro mandato, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso manteve o salário mínimo a US$ 108, em média, devido ao câmbio fixo. Após a liberalização da moeda norte-americana, o mínimo chegou a apenas US$ 50 no segundo semestre do último ano do governo de FHC (1995-2002). O real é a moeda que acumula a maior valorização frente ao dólar nos últimos seis meses. O levantamento foi realizado pela Bloomberg (agência de notícias americana). O ranking considerou as 16 principais moedas do mundo, inclusive o iene e o euro.

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