Economia
Rombo no fundo de pens�o da Petrobras

Rio de Janeiro - A Petrobras divulgou na última sexta-feira um ?rombo? adicional nos fundos de pensão e de saúde dos seus funcionários, o que poderá gerar despesas adicionais de R$ 13,3 bilhões para a estatal. Conforme fato relevante divulgado pela empresa, as despesas resultam da ?revisão de premissas atuariais? resultantes do ?progressivo aumento da longevidade das pessoas?. Segundo o comunicado, esses prejuízos não serão computados no balanço da empresa encerrado em dezembro passado, mas serão reconhecidos através de notas explicativas especiais. Pela nota, o fundo de pensão da empresa tem obrigações no valor de R$ 30,487 bilhões, mas o patrimônio líquido do fundo é de R$ 21,082 bilhões, o que dá uma diferença de R$ 9,405 bilhões, dos quais R$ 8,291 bilhões não estão reconhecidos nas demonstrações financeiras da empresa. No caso do plano de saúde, conforme a nota, o ?valor presente das obrigações? era de R$ 10,648 bilhões no final do ano passado, dos quais R$ 5,010 bilhões não estavam reconhecidos nos balanços anteriores da empresa. A soma dos dois ?rombos? totaliza os R$ 13,3 bilhões, que irão impactar os próximos resultados da empresa. A Petrobras, assim como outras estatais, mantêm os seus fundos de pensão na modalidade de ?benefício definido?, o que gera obrigações para a empresa com base no salário dos seus funcionários. As empresas que foram privatizadas, como a Vale do Rio Doce, as empresas de telecomunicações (Telesp, Telemar, Brasil Telecom) e as grandes siderúrgicas (CSN, Usiminas) fizeram a mudança dos seus planos para ?contribuição definida?, o que reduz o aparecimento de alterações drásticas e impacto sobre a empresa. Por essa modalidade, o aposentado recebe o benefício conforme o montante de poupança acumulada ao longo de sua vida ativa.