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Nº 5885
Economia

NOVA QUEDA NO PREÇO DA GASOLINA NÃO DEVE CHEGAR ÀS BOMBAS EM AL

Petrobras anunciou ontem redução de 4,66%; donos de postos dizem que valor cobrado em Maceió já está abaixo da média nacional

Por Hebert Borges | Edição do dia 16/06/2023 - Matéria atualizada em 16/06/2023 às 04h00

A redução de R$ 0,13 no preço da gasolina vendida a distribuidoras de combustíveis anunciada pela Petrobras nessa quinta-feira (15) não deve chegar ao consumidor de Alagoas. Donos de postos ouvidos pela Gazeta contam que a redução deve chegar para eles a R$ 0,06 ou R$ 0,07. Jarlan Marques Cavalcante é proprietário de posto de combustíveis em Maceió e conta que o preço na capital alagoana já está abaixo da média nacional. De acordo com ele, o recuo vai ser insignificante. “Os postes já baixaram muito, baixaram mais do que deveriam ter baixado. Então eu acredito que ninguém vai baixar, porque isso não vai representar quase nada”, declara. O Sindicato do Comercio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Alagoas (Sindicombustíveis-AL) afirma que não tem como precisar a aplicação de reajustes, tanto para aumentos, quanto para redução, uma vez que a entidade não realiza o acompanhamento dos preços praticados pelos postos de combustíveis ou possui influência sobre os mesmos. “O sindicato ressalta que a decisão final do preço nas bombas é uma questão de mercado e cabe exclusivamente a cada revendedor, com base em suas estruturas de custo. Lembrando que o mercado é livre em todas as etapas da cadeia: produção, distribuição e revenda”, disse em nota. Com a queda do preço anunciada pela Petrobras de 4,66%, o litro passará a custar R$ 2,66 a partir desta sexta-feira (16). Como a gasolina vendida nas bombas tem adição de 27% de etanol anidro, a parcela do preço da Petrobras no preço do combustível vendido nos postos de gasolina será de R$ 1,94 por litro. Segundo a Petrobras, caso os demais agentes da cadeia do combustível (distribuidoras e postos) mantenham os valores de suas parcelas, o preço médio ao consumidor final poderá atingir R$ 5,33 por litro, com base na última pesquisa feita pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). “Destaca-se que o valor efetivamente cobrado ao consumidor final no posto é afetado também por outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda”, diz a empresa em nota.

De acordo com o comunicado, “a redução do preço da Petrobras tem como objetivos principais a manutenção da competitividade dos preços da companhia frente às principais alternativas de suprimento dos seus clientes e a participação de mercado necessária para a otimização dos ativos de refino em equilíbrio com os mercados nacional e internacional”. Essa é a segunda mudança de preços da gasolina desde que a Petrobras anunciou o fim da política de paridade de importação (PPI), que guiava os preços dos combustíveis desde 2016. Com a PPI, o receituário oficial de preços era orientado pelas flutuações do preço do barril de petróleo no mercado internacional e pela cotação do dólar. Agora, a empresa diz que levará em conta o “custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação”, e o “valor marginal para a Petrobras”. “Os reajustes continuarão sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”, dizia o comunicado da estatal.

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