Combustíveis
VOLTA INTEGRAL DE TRIBUTO FAZ GASOLINA SUBIR EM ALAGOAS
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Com a volta da cobrança integral dos impostos federais, o preço da gasolina e do etanol aumentaram em Alagoas desde essa quinta-feira (29). O aumento do PIS/Cofins será de R$ 0,22 por litro no caso do etanol e de R$ 0,34 no caso da gasolina. Em Alagoas, isso deve aumentar o preço médio da gasolina de R$ 5,31 para R$ 5,65.
A Medida Provisória que fixava alíquotas menores de tributos federais para gasolina e etanol perdeu validade na quarta-feira (28) pois não foi votada pelo Congresso. Com a retomada da cobrança integral de impostos federais, a tributação total sobre a gasolina avançou de 29% para 35,3%. No caso do etanol, o peso dos tributos subirá de 12,9% para 18,8%, informou o Instituto Combustível Legal (ICL), com base no valor dos combustíveis em 17 de junho.
Diante do novo cenário, o preço mais barato da gasolina em Alagoas deve ser de R$ 5,52. Já o preço mais caro deve salta de R$ 6,23 para R$ 6,57. No caso do etanol, o preço médio cobrado em Alagoas sairá de R$ 4,35 para R$ 4,57. O menor preço será R$ 4,37. Já o etanol mais caro de Alagoas custará R$ 6,21.
Como o aumento da tributação será maior do que a queda anunciada pela Petrobras na gasolina, a tendência é que o preço do combustível fique acima do praticado anteriormente à redução anunciada na última semana.
Em fevereiro deste ano, a equipe econômica já tinha anunciado uma alta de tributos de R$ 0,47 por litro para a gasolina e de R$ 0,02 por litro para o etanol. Na ocasião, foi feita uma “reoneração” parcial. Para compensar o aumento apenas parcial dos tributos, foi instituído um imposto sobre exportação de óleo cru – este com validade de quatro meses.
Em maio deste ano, a Petrobras anunciou uma nova política para os combustíveis, que considera usar duas referências de mercado: o maior preço que a distribuidora de combustíveis pode comprar antes de procurar outro fornecedor e o menor preço que a Petrobras pode vender mantendo lucro.
Especialistas consideram que a nova política deve beneficiar o consumidor final no curto prazo, porque impede que oscilações muito drásticas no preço do dólar ou do petróleo sejam repassadas nos combustíveis.
Contudo, no primeiro mês da nova política, a Petrobras manteve os preços próximos do modelo anterior, o chamado “preço de paridade de importação”. Os combustíveis foram vendidos pela companhia a cerca de 5% abaixo de seus concorrentes, as refinarias privadas e os importadores.