Avanço
INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO DE AL CRESCE QUASE 35% NO PRIMEIRO TRIMESTRE
O bom resultado alagoano contrasta com o do Nordeste, que registrou queda de 12,5% no período, segundo levantamento da Fiea


A construção civil em Alagoas registrou aumento de 34,7% no nível de atividade durante o primeiro trimestre de 2023, ante o mesmo período do ano passado, de acordo com sondagem divulgada pela Federação da Indústria do Estado de Alagoas (Fiea). Na comparação com trimestre imediatamente anterior houve um incremento de 13,5%. O bom resultado alagoano contrasta com o do Nordeste, que registrou queda de 12,5% e 1,2% nos mesmos períodos, respectivamente. Para o vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado de Alagoas (Sinduscon -AL), Alfredo Breda, o setor está aquecido e estável. “O que diminuiu agora no último trimestre foi o número de novos lançamentos, mas a atividade continua bem aquecida”. Breda conta ainda que a parte de projetos de infraestrutura do Estado, seja em estradas e em obras de saneamento básico tem se desenvolvido muito bem e tem facilitado o desenvolvimento imobiliário como um todo. O vice-presidente do Sinduscon-AL pontua que hoje o segmento tem mais de 20 mil empregos diretos. “Somos um dos maiores empregadores do estado, e entre diretos e indiretos a gente chega a cerca de 60 mil empregos. Isso é super importante para movimentar a economia”, frisa. A publicação da Fiea diz, no entanto, que essas tendências de alta em Alagoas dependem principalmente da redução dos custos de financiamento para as empresas e mutuários, bem como do crescimento da renda e do emprego tanto em Alagoas quanto no Nordeste. O documento mostra que a indústria da construção em Alagoas teve um crescimento de 7,3% na geração de empregos no primeiro trimestre, comparado com o último trimestre de 2022 e alta de de 12,4% na comparação com o 1º trimestre de 2022. Por outro lado, o Nordeste registrou uma queda de -11,3% e -1,7%, respectivamente. “Essa dinâmica revela que ainda existem obstáculos a serem superados para manter uma tendência de retomada, como a renegociação das dívidas das famílias, a redução das taxas de juros e o impulso ao crescimento econômico”, diz a sondagem. A análise pondera que o primeiro trimestre de 2023 foi marcado por uma significativa reavaliação das expectativas dos empresários em relação ao nível de atividade e ao número de empregados nos próximos seis meses. O indicador usado na pesquisa varia de 0 a 100, onde quanto mais perto de 0 menos otimista está, e quanto mais perto de 100 mais otimista está. “As empresas alagoanas revisaram para cima suas expectativas médias para a atividade, em relação ao mesmo período do ano anterior, de 52,4 para 59,3, e para o emprego, de 54,1 para 65,5. Os empresários do Nordeste também aumentaram suas expectativas para ambos os indicadores, com valores de 50,6 e 53, e 50,4 e 51,9, respectivamente, mantendo a média acima de 50 pontos”, detalha.