VENDA DE VEÍCULOS NO ESTADO REGISTRA CRESCIMENTO DE 24,3%
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Por Carlos Nealdo | Edição do dia 07/10/2023 - Matéria atualizada em 07/10/2023 às 04h00
As vendas de veículos novos em Alagoas registraram um crescimento de 24,3% em setembro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo levantamento divulgado na quinta-feira (5), pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). De acordo com os dados, no mês passado foram comercializados no estado 4.575 unidades, ante as 3.680 vendidas em setembro do ano passado.
Na comparação com agosto, quando foram vendidos 5.017 veículos, houve uma retração de 8,81%. Já no acumulado do ano - que mostra a negociação de 40.696 unidades -, as vendas registram um crescimento de 21,18%.
Quando se leva em conta apenas as vendas de automóveis e comerciais leves - picapes e furgões -, Alagoas registrou um crescimento de 15,47%, na comparação com setembro do ano passado. Ante agosto, houve retração de 12,22%. No acumulado do ano, essa categoria acumula um aumento de 16%.
O levantamento da Fenabrave mostra ainda que as vendas de motocicletas em Alagoas tiveram um aumento de 35%, pulando de 2.143 unidades comercializadas em setembro do ano passado, para 2.893 no mês passado. Na comparação com agosto, houve recuo de 6,71%. No acumulado do ano, quando foram vendidas 25.272 motos, houve um crescimento de 30,1%.
Em todo o País, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) informou que o mês de setembro apresentou a melhor média diária do ano, no que concerne ao total de unidades vendidas. A média foi de 9,9 mil unidades, o que marca um período de estabilidade, na avaliação da entidade.
Conforme a associação destacou, havia receio de que o setor enfrentasse uma retração na comercialização de veículos leves, após o fim do programa de descontos promovido pelo governo federal. O que se observou na prática, contudo, foi que o patamar de vendas se manteve no mesmo compasso.
Em coletiva de imprensa, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima, classificou como “extraordinária” a iniciativa do governo, quanto ao impulso que deu na renovação de frotas. Para Lima, o cenário que se coloca, atualmente, é motivo de tranquilidade, mas não de “grandes comemorações”. “Não é que se perceba um mercado tão aquecido”, disse.
Um dos aspectos que o presidente da Anfavea destacou aos jornalistas foram as exportações. “É uma situação que preocupa, hoje, o setor automotivo”.
“A exportação continua sendo o maior desafio”, acrescentou ele, sugerindo que o Brasil procure firmar acordos bilaterais com outros países, a fim de transpor as dificuldades na área.
PRODUÇÃO
De agosto para setembro deste ano, a produção de veículos, categoria que inclui automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, caiu 8%, de 227 para 208,9 mil unidades. Na comparação com o acumulado do ano, de janeiro a setembro de 2022 para janeiro de setembro de 2023, a queda foi bem menor de 0,3%.
Quanto ao emplacamento, constata-se uma queda de 4,8%, de agosto para setembro deste ano, e um crescimento de 8,5%, em relação ao acumulado de 2022, já que os primeiros nove meses deste ano registraram 1.630 mil unidades emplacadas.
Ainda de acordo com o balanço da Anfavea, veículos munidos de novas tecnologias têm ganhado mais espaço e caído, cada vez mais, no gosto dos brasileiros. Em 2020, o volume de veículos comerciais leves dos tipos híbrido e elétrico que haviam sido emplacados era de 19,7 mil. Este ano, que nem mesmo chegou ao final, o total saltou para 57,5 mil.
Quanto a ônibus e caminhões, incluindo tanto os elétricos como os movidos a combustível, 83 mil foram emplacados no mês passado, quantidade 196,4% superior à registrada em agosto. No acumulado do ano, foram 399 mil unidades.