Comprador de carro paga 33% de impostos
Não é à toa que todo mundo diz que carro no Brasil é muito caro. A carga tributária brasileira para um automóvel a gasolina com mais de um litro de cilindrada é de 33,3%, de acordo com a última edição do Anuário Estatístico da Anfavea (Associação das Mont
Por | Edição do dia 28/04/2002 - Matéria atualizada em 28/04/2002 às 00h00
Não é à toa que todo mundo diz que carro no Brasil é muito caro. A carga tributária brasileira para um automóvel a gasolina com mais de um litro de cilindrada é de 33,3%, de acordo com a última edição do Anuário Estatístico da Anfavea (Associação das Montadoras Nacionais). Comparando com outros grandes produtores de veículos, o Brasil ganha (ou melhor perde) disparado. Em segundo lugar está a Itália, com 16,7%. Em seguida, vêm França (16,4%), Reino Unido (14,9%), Espanha (13,8%), Alemanha (13,8%), Japão (9,1%) e Estados Unidos (6,6%). Cascata Na hora da compra de um carro, o único tributo que o consumidor norte-americano paga é o imposto de consumo, que é calculado com base na média dos Estados da Califórnia, Flórida e Michigan. O europeu tem de pagar somente o IVA (Imposto sobre Valor Agregado), que varia em cada país do Velho Continente. O japonês paga os impostos de aquisição e consumo. E o brasileiro paga em cascata IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), ICMS (Imposto sobre circulação de Mercadorias e Serviços), PIS (Programa de Integração Social) e Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social). Nos carros 1.0 a tributação é um pouco menor, tanto no Brasil como no Japão. Mesmo assim, a participação dos impostos aqui ainda é bem alta: 25,3% do valor do carro. No mercado japonês, esse número cai para 7,4%. Daí vem aquela grande diferença nos preços dos carros vendidos aqui e lá fora.