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Nº 5905
Economia O saldo registrado em Alagoas é 2,2% maior que o registrado no mesmo período de 2022

AL REGISTRA 2ª MAIOR GERAÇÃO DE EMPREGOS DO NE E A 4ª DO BRASIL

Em setembro, o estado criou 16,1 mil postos formais de trabalho, segundo levantamento do Caged do Ministério do Trabalho e Emprego

Por Hebert Borges | Edição do dia 31/10/2023 - Matéria atualizada em 31/10/2023 às 04h00

A geração de 16.160 postos de empregos formais rendeu a Alagoas o segundo lugar no ranking de criação de vagas de trabalho no Nordeste e o quarto lugar nacional em setembro. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, e foram divulgados nessa segunda-feira (30). São Paulo (47.306) liderou o ranking, seguido por Pernambuco (18.864) e Rio de Janeiro (17.998).

O saldo registrado em Alagoas é 2,2% maior que o registrado no mesmo período do ano passado, quando foram criadas 15.810 postos de trabalho. Nos nove primeiros meses de 2023, Alagoas tem acumulado de 15.333 vagas criadas.

Em todo o País foram abertos 211.764 postos de trabalho com carteira assinada em setembro. O indicador divulgado pelo Caged mede a diferença entre contratações e demissões.

O saldo de Alagoas foi puxado pelos trabalhadores da cultura de cana-de-açúcar, que tiveram saldo de 10.882 empregos em setembro. Um destaque apontado pelo Caged em Alagoas foi a contratação de motoristas de caminhão, que registrou saldo de 782 novas vagas em setembro.

No geral, as novas vagas criadas em Alagoas no mês de setembro foram ocupadas, a maioria, por homens (15.168), com ensino fundamental incompleto (8.738), e com idade entre 30 e 39 anos.

Rio Largo, na Região Metropolitana de Maceió, registrou o maior saldo entre os municípios alagoanos, com 2.171 vagas criadas. Logo em seguida aparecem Campo Alegre (2.83) e Coruripe (2.014). Os três municípios são sede de usina de cana-de-açúcar. Já Lagoa da Canoa (-63), Capela (-56) e São Sebastião (-38) fecharam postos de trabalho.

No Brasil, a criação de empregos caiu 23,4% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em setembro de 2022, tinham sido criados 278.023 postos de trabalho, nos dados com ajuste, que consideram declarações entregues em atraso pelos empregadores.

Nos nove primeiros meses do ano, foram abertas 1.599.918 vagas. Esse resultado é 26,6% mais baixo que no mesmo período do ano passado. Apesar da desaceleração em setembro, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, manteve a projeção de criação de 2 milhões de postos de trabalho neste ano. Ele, no entanto, não descartou a possibilidade de uma variação para baixo, com o número ficando em 1,9 milhão.

Segundo o ministro, as medidas de estímulo à economia tomadas pelo governo e a queda de juros pelo Banco Central levarão algum tempo para produzirem efeitos sobre a economia real. “A reorganização dos processos leva tempo maior que o nosso desejo. O mundo real é mais lento que as vontades de governos”, declarou.

Na divisão por ramos de atividade, todos os cinco setores pesquisados criaram empregos formais em setembro. A estatística foi liderada pelos serviços, com a abertura de 98.206 postos, seguidos pelo comércio, com 43.465 postos a mais. Em terceiro lugar, vem a indústria (de transformação, de extração e de outros tipos), com a criação de 43.214 postos de trabalho.

O nível de emprego aumentou na construção civil, com a abertura de 20.941 postos. Mesmo com a pressão pelo fim da safra de vários produtos, a agropecuária criou 5.942 vagas no mês passado, puxada pela colheita da cana-de-açúcar no Nordeste.

Nos serviços, a criação de empregos foi puxada pelo segmento de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, com a abertura de 41.724 postos formais. A categoria de administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais abriu 20.383 vagas.

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