Alta de combust�veis leva IGP-M a 0,56%
Rio - O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) registrou em abril alta de 0,56%, resultado mais de seis vezes superior ao de março (0,09%) e que representou a maior elevação do indicador da Fundação Getúlio Vargas (FGV) desde novembro. Os reajustes nos
Por | Edição do dia 30/04/2002 - Matéria atualizada em 30/04/2002 às 00h00
Rio - O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) registrou em abril alta de 0,56%, resultado mais de seis vezes superior ao de março (0,09%) e que representou a maior elevação do indicador da Fundação Getúlio Vargas (FGV) desde novembro. Os reajustes nos preços dos combustíveis foram responsáveis, sozinhos, por 0,47 ponto percentual, ou quase a totalidade do índice. Ou seja, sem a alta nesse grupo de produtos, liderada pela gasolina, o IGP-M de abril teria sido exatamente igual ao de março. O índice já acumula no ano elevação de 1,07% e em 12 meses, de 8,92%. A alta do IGP-M em abril só não foi superior devido ao bom comportamento dos preços dos produtos agrícolas, que apresentaram variação negativa no atacado (-0,51%), levando ao pequeno crescimento de 0,08% da alimentação no varejo. O chefe do Centro de Estudos de Preços da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Paulo Sidney de Melo Cota, destacou que os produtos industriais, com alta de 0,90%, pressionaram o Índice de Preços do Atacado (IPA), que registrou variação de 0,52%, ante -0,14% em março. O grupo de combustíveis e lubrificantes exerceu a maior pressão no atacado, com alta de 6,08%, pressionado pela gasolina (9,34%), óleo diesel (4,18%), querosene para motores (44,24%), óleos combustíveis (10,94%) e gás de cozinha (4,60%). Outra variação expressiva no atacado foi registrada no leite in natura, com alta de 8,75%, provocada pela entressafra do leite. Cota explicou que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC, com alta de 0,72%) também foi pressionado especialmente pelos combustíveis, que elevaram os preços do grupo transporte (2,35%) com destaque para a gasolina (9,48%). O comportamento do varejo foi influenciado ainda pelo grupo habitação (0,86%), com impacto dos reajustes da eletricidade (2,35%) e gás de botijão (7,36%). A única queda entre março e abril ocorreu no Índice Nacional de Custo da Construção (de 0,84% para 0,32%), já que houve menor impacto de reajustes ocorridos anteriormente nos salários da mão-de-obra.