loading-icon
MIX 98.3
NO AR | MACEIÓ

Mix FM

98.3
quinta-feira, 20/03/2025 | Ano | Nº 5927
Maceió, AL
29° Tempo
Home > Economia

Economia

Produtores do RS e SP amargam preju�zos

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp

Porto Alegre e São Paulo - Os produtores gaúchos já colheram 49% da safra de milho cultivada no período 2004/05. Embora ainda faltem 51%, é pouco provável que eles consigam obter produção comercial nestas lavouras. A análise é da Emater. Estas áreas foram cultivadas mais tarde e tiveram o desempenho comprometido pela estiagem, explicou a entidade. “Nas parcelas cultivadas mais cedo, a produtividade se aproxima da média histórica no Estado. Em alguns casos, foi possível obter 6 mil quilos por hectare”, cita a Emater. Isso ajuda a melhorar um pouco o desempenho médio da cultura no Estado, que está estimado em 1,6 mil Kg/ha - com produção de 2,03 milhões de toneladas. Na área que ainda não foi colhida, 21% estão maduros, 20% estão em fase de enchimento de grãos, 6% em floração e 4% em desenvolvimento vegetativo. Ainda segundo análise da Emater, a colheita da safra de soja chegou a 7% da área semeada no Rio Grande do Sul (4,135 milhões de hectares) apresentando alto índice de grãos verdes e malformados. O problema é conseqüência da “maturação forçada” pelo clima adverso, ressalta a entidade. A situação preocupa a cadeia produtiva de soja, que talvez tenha necessidade de adquirir grão em outras regiões do Brasil para atender à necessidade da indústria local. Nas cargas de soja já colhidas, a produtividade varia entre 300 e 800 quilos por hectare. A safra gaúcha apresenta 7% da área em fase de floração, 66% em enchimento de grãos e 20% maduros e prontos para a colheita. São Paulo As perdas da agricultura previstas pelo longo período de seca que atingiu várias regiões do estado de São Paulo, mas principalmente a região oeste, tendem a ser maiores. Uma primeira pesquisa realizada pela Federação da Agricultura do Estado de São Paulo (Faesp), concluiu que a cultura mais prejudicada pela estiagem foi a do feijão, que em regiões como a de Avaré teve 60% de perdas. Para a soja, a quebra prevista para a safra foi um pouco menor, ao redor de 30% e 40%, em Avaré e Presidente Venceslau, respectivamente. A cultura do milho também apresentou muitos problemas. Em média, estima-se perdas de até 40% em Presidente Venceslau, Avaré e Lins, e de 20% em Cerqueira César, região menos afetada. A cultura do milho apesar de não ser a mais danificada em termos percentuais, é a que proporciona maiores prejuízos, pois a área cultivada com a cultura é mais significativa, além de que o milho serve de base para fabricação de rações, repercutindo também em outros segmentos do setor. O Presidente da Faesp, Fábio Meirelles, ao se inteirar do levantamento feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que aponta para a maior quebra da safra da história da agricultura brasileira, em razão da seca que assola o Sul e o Centro do País, afirmou que “infelizmente, os problemas podem ainda ser mais graves, pois o levantamento divulgado pela Conab considerou apenas os Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Goiás, sem os números de São Paulo”. (VA)

Relacionadas