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Nº 5822
Economia

PREÇO DO PANETONE PODE VARIAR 11% NAS PADARIAS DE AL

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Por TATIANNE BRANDÃO | Edição do dia 17/11/2023 - Matéria atualizada em 17/11/2023 às 04h00

O Natal se aproxima, trazendo consigo o sabor característico da temporada. As prateleiras de supermercados e padarias já exibem uma variedade de panetones em diferentes sabores e tamanhos. Seja para consumo próprio ou para presentear, o panetone tornou-se um símbolo do espírito natalino. As padarias em Alagoas estão se preparando para atender à alta demanda, e este ano o produto pode apresentar uma variação média de 11% no preço em comparação com o ano anterior.

De acordo com Clodoaldo Nascimento, presidente da Associação dos Panificadores do Estado de Alagoas (Apea), diversos fatores contribuíram para o aumento no preço do produto. O aumento não se deve apenas às matérias-primas, como farinha, açúcar e ovos; é resultado também de custos adicionais.

“O aumento não foi causado nem pela farinha, que teve uma redução de preço, nem pelo açúcar, que se manteve estável. Os ovos tiveram um aumento de 30%, o sal não teve um aumento significativo, mas notamos que custos como água, energia, transporte e mão de obra fizeram com que o preço final do produto crescesse”, explicou Nascimento.

Abordando as alterações nos preços em comparação com o ano anterior, Nascimento destacou que as variações, que incluem pesos de 100g a 1kg, não possuem um preço fixo. No entanto, a pressão dos grandes concorrentes, especialmente no atacado, dificulta a capacidade das padarias locais de manterem-se competitivas. Diante desse cenário, elas têm adotado estratégias para fidelizar os clientes.

“Algumas padarias optaram por adquirir panetones de outros fabricantes para obter preços mais atrativos. Estratégias como produção frequente, diária ou a cada dois dias, sem aditivos químicos e congelamentos, estão se tornando práticas comuns para manter a competitividade. Estimular melhorias na estética dos estabelecimentos, incluindo decoração, pintura, reformas e uniformes, é fundamental para combater os grandes concorrentes que operam com preços reduzidos”, afirmou Clodoaldo.

Desafios adicionais surgem com as grandes empresas que praticam preços baixos e a escassez de mão de obra qualificada, incluindo padeiros e ajudantes. Apesar desses obstáculos, os consumidores têm absorvido bem os aumentos nos preços dos panetones.

“Os clientes estão absorvendo bem e não reclamam dos aumentos. Temos visto uma pressão grande com relação a salários; aqueles com melhor qualificação têm pressionado os empresários por melhores salários. Com esse aumento, a economia fica mais aquecida, especialmente no setor de alimentos, com turistas na região, supermercados cheios e a construção civil em alta. A taxa de desemprego baixou, o mercado oferece empregos, as pessoas estão trabalhando, então a circulação de dinheiro está grande, o que beneficia os pequenos produtores”, ressaltou.

Em meio a esses desafios, o panetone permanece não apenas como um produto festivo, mas como um presente significativo, consolidando-se como uma escolha tradicional para as celebrações de final de ano. “O panetone é considerado um presente, uma forma de carinho, uma lembrança. Portanto, é sempre uma boa pedida para as festas de final de ano”, concluiu.

Em alguns estabelecimentos, no entanto, o valor da unidade do panetone permanecerá o mesmo praticado no ano passado.

“O preço vai se manter mais ou menos o mesmo do ano passado, apesar do aumento de alguns ingredientes como uvas-passas e frutas cristalizadas. Em compensação, o preço da farinha diminuiu. O panetone custa R$ 28 o quilo, e os maiores pesam 500g, então o valor por unidade fica em torno de R$ 14”, afirma Jorge Gusmão, da Panificação Brasília.

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