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Nº 5759
Economia

BOLSA CAI 1% E DÓLAR SOBE PARA R$ 4,95 NESTA SEGUNDA

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Por Folhapress | Edição do dia 05/12/2023 - Matéria atualizada em 05/12/2023 às 04h00

São Paulo, SP – O mercado financeiro iniciou a semana em aversão a risco nesta segunda-feira (4). Os juros dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, os chamados treasuries, voltaram a subir e derrubaram as principais Bolsas globais.

O Ibovespa terminou a sessão em queda de 1,07%, a 126.803 pontos. O dólar fechou em alta de 1,38%, a R$ 4,9478. Na sexta (1º), a moeda americana terminou o pregão cotada a R$ 4,88.

Em Wall Street, os principais índices acionários também fecharam em queda. O S&P 500 caiu 0,54% e o Dow Jones, 0,11%. O Nasdaq recuou 0,84%.

O viés negativo no mercado de renda variável global reflete a alta dos rendimentos dos treasuries. O rendimento do título de dez anos do governo dos EUA subiu de 4,22% no pregão anterior —o menor patamar em três meses— para 4,28% nesta segunda. O título de dois anos foi de 4,56% para 4,64%

Na semana passada, o dólar teve sua terceira semana seguida de queda, em linha com ao recuo nas taxas de juro americanas, uma vez que vêm crescendo as apostas de que o Fed (Banco Central dos EUA) teria encerrado seu ciclo de aperto monetário, podendo começar a cortar os juros no primeiro semestre do ano que vem.

Buscando balizar essas expectativas, investidores voltarão suas atenções para o Jolts e o payroll, relatórios do mercado de trabalho americano que serão divulgados na terça (5) e na sexta (8), respectivamente.

Dados fracos tendem a reforçar apostas num Fed mais brando, mas surpresas para cima provavelmente reverteriam o recente otimismo do mercado global, podendo elevar a demanda pela segurança do dólar.

"A questão agora é se a queda das taxas e do dólar foram excessivas. Informações cruciais sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos nesta semana devem ajudar tanto os mercados quanto o Federal Reserve a responder a essa pergunta", disse Eduardo Moutinho, analista de mercado da Ebury.

Por enquanto, a economia americana vai dando sinais de desaceleração. As novas encomendas de produtos fabricados nos EUA caíram mais do que o esperado em outubro, na maior queda mensal em três anos e meio, diante do enfraquecimento da demanda por bens duráveis e equipamentos de transportes.

Os pedidos caíram 3,6% após queda de 2,3% em setembro, em dado revisado para baixo, informou o Departamento de Comércio nesta segunda, a maior queda desde abril de 2020.

Economistas consultados pela Reuters previam que os pedidos diminuiriam 2,8%. Na comparação com outubro de 2022, as encomendas avançaram 0,5%.

Também colaborava para a alta da divisa americana frente ao real nesta sessão a queda nos preços de commodities importantes, como petróleo e minério de ferro.

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