Empregados brasileiros anunciam greve

FOLHAPRESS A maioria dos 1.500 funcionários brasileiros da Itaipu Binacional parou na última sexta-feira o trabalho, iniciando uma greve pela elevação do bônus salarial a título de participação nos resultados da empresa, que é a maior geradora de eletricidade para o Brasil. A paralisação não afetou a produção na hidrelétrica -localizada entre Foz do Iguaçu (PR) e Ciudad del Este, no Paraguai. Os 1.800 funcionários paraguaios trabalharam normalmente e os grevistas brasileiros atenderam às áreas vitais à geração energética. A greve é a primeira ocorrida na hidrelétrica sob a administração petista. O presidente do Sindicato dos Eletricitários de Foz do Iguaçu, Assis Paulo Sepp, disse que a paralisação teve adesão de cerca de 1.100 empregados, número não questionado pela direção da Itaipu. Os trabalhadores querem uma remuneração (salário mais vantagens) adicional líquida como participação nos resultados. A fórmula reivindicada repassa à empresa o pagamento dos encargos, como o Imposto de Renda, até um teto salarial de R$ 15,5 mil. Querem que o valor mínimo pago seja de R$ 3.500 para quem ganha abaixo desse patamar. Na semana passada, a Itaipu apresentou R$ 3.000 como piso e remuneração integral bruta aos salários mais altos. Na sexta-feira ela não melhorou a proposta. A direção da empresa entrou com pedido no Tribunal Regional do Trabalho pleiteando declaração de que a greve abusiva. Uma segunda ação, que a Justiça atendeu, pediu a desobstrução do acesso à empresa a quem quer trabalhar, sem a interferência de piquetes.