Rio – Os petroleiros fizeram ontem uma paralisação de 24 horas em unidades de produção, refino e setores administrativos da Petrobras, com  o objetivo de forçar uma negociação sobre o pagamento de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) referente ao desempenho da companhia  em 2001. A categoria promete novas paralisações na semana que vem caso a estatal mantenha a posição de não negociar. No fim da noite de quarta-feira, os empregados da estatal impediram a troca de turno em refinarias e plataformas de produção, mas não houve problemas no abastecimento de combustíveis. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) estima que a adesão ao movimento foi de 90% nas plataformas produtoras da Bacia de Campos, responsável por 80% da produção nacional de petróleo. “Paramos 23 plataformas e deixamos que os supervisores e equipes de contingência as colocassem para funcionar novamente”, disse o presidente da entidade, Maurício França Rubem. Segundo ele, 30% da produção local, ou cerca de 360 mil barris de petróleo, deixou de ser produzida ontem. População A Petrobras garantiu que a paralisação dos petroleiros não criará nenhum problema no abastecimento de combustíveis à população. Em nota enviada ontem, a estatal informa que todas as unidades estão operando. A empresa afirmou ainda que a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) dos empregados aumentou 31% em 2001. Segundo a empresa, cada funcionário vai receber 5,3 salários-base como prêmio pelos resultados em 2001, quando a empresa teve um lucro de R$ 10 bilhões. Deste montante, 2 salários-base já foram pagos.