Economia
Brasil se destaca na cria��o de novas fontes de energia

Criar fontes alternativas de energia, que sejam menos poluentes e mais baratas em relação ao petróleo. Este vem sendo o desafio do Brasil desde os anos 70, quando o mundo atravessava a crise do petróleo. Nesta época, o País mostrou-se capaz de dominar, com grande competência, a tecnologia do álcool combustível. Três décadas mais tarde, apesar da maior produção de petróleo no território nacional, o Brasil tem se destacado na criação de novas fontes de energia veiculares. A prova disso é o sucesso de vendas de automóveis com sistema bicombustível (álcool e gasolina), assim como tricombustível (movidos a álcool, gasolina e GNV). Outra notícia a ser comemorada são as pesquisas com o biodiesel, que já começaram a ser feitas com óleos vegetais derivados de espécies como o milho, o girassol e o amendoim. A trajetória do Brasil na era do multicombustível começou durante a década de 90, quando o primeiro sistema FlexFuel - que utiliza álcool e gasolina no mesmo tanque - genuinamente nacional foi criado. No entanto, somente em 2003 o primeiro automóvel desta série começou a ser vendido ao público. Trata-se do Gol Total Flex, produzido pela Volkswagen, que atualmente concorre com o Fiat Palio 1.3 Fire e o Ford Fiesta com motor RoCam 1.6, ambos equipados com combustível flexível. De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, em 2004 foram vendidos 379.328 unidades a álcool. Deste montante, 328.774 eram equipados com tecnologia bicombustível. Mas por que abastecer com gasolina um carro que consome os dois combustíveis, se o álcool é muito mais barato? E por que comprar um carro que utiliza os dois combustíveis, se um automóvel movido exclusivamente a álcool é mais barato? Segundo engenheiros mecânicos, num veículo movido apenas a álcool, o consumo de combustível é sensivelmente maior. Além disso, existem regiões em que o álcool é encontrado com dificuldade, ainda que o combustível tenha se popularizado com grande força nos últimos anos. Vale destacar também que o Brasil é o País com o maior potencial de exportação de álcool do mundo. Estima-se uma produção de 16 bilhões de litros até o final deste ano. Mamona, babaçu, soja, amendoim, girassol, algodão, canola, milho, dendê e macaúba. Algumas destas espécies são amplamente conhecidas pelas donas de casa em todo o Brasil. O que muito gente não sabe é que o óleo extraído destes vegetais, além de usado na cozinha, pode servir de excelente combustível para automóveis. Misturados ao etanol, os óleos vegetais formam um combustível chamado de biodiesel. Pela lei brasileira atual, 2% de biodiesel já pode ser adicionado ao diesel comum. O objetivo é que, em breve, 100% do combustível seja à base do biodiesel. As vantagens são enormes. Além do custo mais baixo, o biodiesel não elimina enxofre, causador da chuva ácida - o produto liberado é biodegradável.