Economia
MP pede penhora de bens da Vasp

FABIANA FUTEMA Folha Online O Ministério Público do Trabalho apresentou para a 14ª Vara do Trabalho de São Paulo um pedido de execução provisória do acordo assinado na semana passada pela Vasp, no valor de R$ 40 milhões. De acordo com o pedido, essa quantia seria obtida por meio da penhora de imóveis da Vasp. O juiz Homero Batista Mateus da Silva, da 14ª Vara do Trabalho, ainda não decidiu se atenderá o pedido do Ministério Público. A decisão deve ser divulgada nos próximos dias. Procurada pela reportagem, representantes da Vasp não foram encontrados para comentar o assunto. O Sindicato dos Aeroviários do Estado de São Paulo, que também pede a execução do acordo junto com o Ministério Público, informou que o trato foi descumprido. Não há intenção da empresa de honrar o que foi acordado. O remédio agora é partir para a execução, disse Uébio José da Silva, presidente do sindicato. Pelo acordo, a Vasp teria até ontem para quitar a folha de pagamento em atraso de seus funcionários. O acordo previa ainda o recolhimento dos débitos previdenciários e fiscais em atraso. O pedido de execução foi pedido após a Vasp descumprir a primeira parte do acordo. Pelo termo assinado, a companhia aérea deveria ter apresentado na última terça-feira uma carta de fiança no valor de R$ 40 milhões. No entanto, a aérea entregou apenas o protocolo de pedido da fiança feito ao Banco do Brasil. A apresentação dessa carta era a primeira exigência do acordo, que poderia encerrar a intervenção decretada em março na Vasp. Como a empresa descumpriu o trato, a Justiça manteve a intervenção. Como os salários continuam em atraso e a carta fiança não foi apresentada, o Ministério Público entendeu que a Vasp não pretende cumprir o acordo firmado também com o Sindicato Nacional dos Aeronautas e Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo. Semana passada, o presidente da Vasp, Wagner Canhedo, disse que o acordo seria cumprido com a venda da companhia para a GBDS. No entanto, a GBDS é uma empresa fantasma que deixou um rastro de negócios mal explicados no Rio de Janeiro.