Economia
Pescadores receber�o kits de Secretaria

PATRYCIA MONTEIRO Editora de Economia Com objetivo de eliminar a figura do atravessador do comércio de pescados do País, a Secretaria Especial da Aqüicultura e Pesca da Presidência da República (Seapa) está investindo R$ 5 milhões para distribuir, entre os pescadores brasileiros, 1.200 kits para comercialização da produção. O kit dispõe de balcões de inox, estrutura de armazenamento e equipamentos. Cada um custa R$ 4 mil e é de uso coletivo. O recursos são da Seapa, mas serão adminisrados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). De acordo com Paulo Nunes, titular da Seapa no Estado, em Alagoas serão distribuídos 60 kits. Em julho chegam os primeiros kits, mas a distribuição só encerra em agosto, afirma. Ontem foi realizada a primeira reunião com os representantes das entidades de pescadores e aqüicultores alagoanos. No Estado o que predomina é a pesca artesanal. No cadastro da Seapa constam 45 entidades representativas dos pescadores e mais 10 de aqüicultores. Segundo Paulo Nunes, os 60 kits atendem a demanda atual alagoana. Mas isso não significa que no futuro novos kits não possam ser adquiridos. Ao longo de um ano vamos fazer a experiência com os pescadores. Se der certo, cada entidade se tornará proprietária dos seus kits, diz Nunes, mencionando que a infra-estrutura distribuída será, a princípio cedida em regime de comodato. Antes da distribuição dos kits também daremos cursos de capacitação para os líderes comunitários pois imaginamos que, mais do que a comercialização em si, a gestão será o trabalho mais difícil para os pescadores, diz Nunes. Há dois tipos de kits que serão oferecidos pela Seapa. Um é para os produtores que querem comercializar o peixe fresco. Outro é para comercialização do peixe vivo. Os kits serão distribuídos em 20 municípios alagoanos onde as atividades de pesca e criação de peixes são desenvolvidas. A meta é levar os kits para centros de comércio de produtos agrícolas como mercados públicos e para feira agroecológica do Sebrae, por exemplo. Recadastramento Outra iniciativa prevista por parte da Secretaria é o recadastramento de pescadores e aqüicultores no Estado, seguindo a orientação nacional da Seapa. O governo federal quer saber quem tem na pesca e na criação de peixes o principal meio de vida. Para tanto serão investidos R$ 4 milhões em um censo nacional. Queremos excluir nomes irregulares do cadastro atual do Estado e incluir os verdadeiros profissionais que estão fora dele, afirma Nunes. Em Alagoas 11 mil pescadores e aqüicultores estão cadastrados. A meta é ampliar os benefícios existentes bem como o alcance dos programas existentes, mas não queremos beneficiar indevidamente, frisa.