Economia
Super�vit bate recorde em junho

ANA PAULA RIBEIRO Folha Online A valorização do real frente ao dólar não tem sido suficiente para frear os bons resultados da balança comercial brasileira. Em junho, o saldo da balança comercial somou US$ 4,031 bilhões, o melhor resultado já alcançado em um único mês na história. Além disso, as exportações ultrapassaram os US$ 10 bilhões. E mais: o superávit acumulado no primeiro semestre encostou nos US$ 20 bilhões. No mês passado, as vendas ao exterior foram de US$ 10,207 bilhões e as importações somaram US$ 6,176 bilhões, segundo dados divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). As exportações de junho cresceram 9,4% sobre o mesmo mês do ano passado e 4% sobre maio. Já as importações registraram um aumento de 11,7% sobre junho de 2004. No entanto, na comparação com maio, há uma queda de 3%. Colaborou para o resultado de junho o desempenho da última semana do mês dias 27 a 30. Neste período, o superávit comercial saldo positivo entre exportações e importações foi de US$ 682 milhões, com exportações de US$ 1,705 bilhão e importações de US$ 1,023 bilhão. O superávit comercial do primeiro semestre do ano é de US$ 19,671 bilhões, um crescimento de 31,1% sobre o mesmo período do ano passado (US$ 15,004 bilhões). Esse saldo é a diferença entre as exportações, que somaram US$ 53,678 bilhões, e as importações, que entre janeiro e junho foram de US$ 34,007 bilhões. Tanto as exportações quanto as importações acumulam um forte ritmo de crescimento no ano, 23,9% e 20,21%, respectivamente. No acumulado dos últimos 12 meses maio de 2004 a junho de 2005 as exportações somam US$ 106,846 bilhões e as importações, US$ 68,509 bilhões superávit de US$ 38,337 bilhões. A meta do Ministério do Desenvolvimento é exportar neste ano US$ 112 bilhões. No entanto, a pasta não trabalha com uma meta de superávit que no ano passado foi de US$ 33,696 bilhões, o maior da história do país. Para este ano, o mercado financeiro prevê um superávit comercial de US$ 35 bilhões. Já a previsão do Banco Central é que a balança termine o ano com um saldo positivo de US$ 30 bilhões. Mais da metade das vendas brasileiras para o exterior são de produtos industrializados. Estamos agregando valor aos nossos produtos, afirma o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan.