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Nº 5814
Economia

Com�rcio da Copa: lojistas apostam em boas vendas

FERNANDA MEDEIROS Um mês é o tempo que falta para o Brasil ficar completamente colorido de verde-e-amarelo, com os olhos de cada cidadão voltados exclusivamente para a TV, assistindo aos jogos da Seleção Brasileira de futebol na Copa do Mundo da Coréia

Por | Edição do dia 05/05/2002 - Matéria atualizada em 05/05/2002 às 00h00

FERNANDA MEDEIROS Um mês é o tempo que falta para o Brasil ficar completamente colorido de verde-e-amarelo, com os olhos de cada cidadão voltados exclusivamente para a TV, assistindo aos jogos da Seleção Brasileira de futebol na Copa do Mundo da Coréia/Japão. Antes disso, porém, muitas lojas, ruas, casas, veículos e avenidas já estão em ritmo de mundial e se enfeitaram com as cores da bandeira brasileira. Bom para o comércio atacadista de tecidos, por exemplo, cuja expectativa é de que a proximidade da Copa do Mundo possa recuperar os prejuízos que obteve nas vendas, no mês de março, quando tiveram uma queda de 4%, em todo o País. Vender um milhão de metros de tecido nas tonalidades verde, amarelo e azul é a expectativa dos comerciantes brasileiros, mesmo com a Seleção Canarinho não estando tão em alta como, por exemplo, há oito anos. Em Maceió, independente disso, o ritmo da Copa do Mundo já tomou conta da população, há mais de um mês, e a contagem regressiva parece invadir a mente de cada um. O comércio está apostando no maior evento do futebol mundial. Camisetas, chapéus, roupas (das mais simples às mais sofisticadas), bandeiras, entre outros produtos que lembrem as cores do Brasil, estão expostos nas vitrines das lojas do Centro de Maceió, dos shoppings center e até dos camelôs. Variedade Vende-se de tudo nessa época: da calcinha ao brinco, da camiseta tradicional à almofada e bandeira. “Aqui a gente vende de tudo”, atesta o ambulante Valdir Ângelo Jorge, que comercializa exclusivamente produtos alusivos ao futebol, no calçadão do comércio. Segundo ele, é a primeira vez que entra no mercado da Copa e a expectativa é muito boa. “Só estou meio desanimado por causa dos horários dos jogos, de madrugada, quando a turma não pode se reunir. Isso pode significar uma queda nas vendas”, disse. Em sua barraca, há preços e produtos para todos os gostos. Uma bandeira pequena custa R$ 4; a calcinha com o escudo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) bordado, R$ 5; capa para almofada, R$ 15, em material de pelúcia; chaveiro que toca a música da Copa, R$ 5; caneca, entre R$ 7 e R$ 8; e uma camiseta regata custa de R$ 5 a R$ 15. Já o comércio de tecidos, em Maceió, segundo os lojistas, ainda está meio tímido. “Parece que as pessoas preferem comprar prontas a roupa e a bandeira para curtir o Mundial”, observou o comerciante Sebastião de Carvalho, destacando, porém, que seu estabelecimento já está abastecido com os tecidos nas cores verde e amarela. “Vamos aguardar com certo receio, pois na Copa passada cheguei a ficar com cerca de cinco mil peças encalhadas no estoque. Vamos esperar o primeiro jogo do Brasil. Se for bom as vendas disparam”, afirmou, acrescentando que as peças de tecido custam entre R$ 1,50 a R$ 3,50, o metro. Fábricas incrementam produção Não apenas o comércio está se preparando para as vendas de produtos alusivos à Copa do Mundo, mas as pequenas fábricas de confecções já estão colocando as máquinas para funcionar em ritmo acelerado, com o objetivo de produzir roupas que representam a paixão do brasileiro pelo futebol, por uma competição que mexe com todas as raças, idades, sexos e nacionalidades. “Aqui estamos trabalhando sem parar e chegamos a produzir cerca de 200 peças por dia, que vão de camisas a biquínis e sungas com o símbolo da Seleção Brasileira”, explica Dinho Badu, proprietário de uma fábrica de confecções na periferia de Maceió. Segundo ele, a meta é fabricar entre duas a três mil peças até a Copa e, se o Brasil passar para a fase seguinte, a produção deve aumentar. “Estamos apostando em boas vendas, mesmo porque as peças estão com preços acessíveis”, justifica. Os biquínis custam R$ 20, as sungas estão sendo vendidas a R$ 15 e a camiseta cotton fica em torno de R$ 10. Já a camisa da Seleção, fabricada nos mesmos padrões da oficial, pode ser adquirida a R$ 30. Tudo bem que a camisa que Badu fabrica não é a oficial, aquela com a marca da vírgula, símbolo da Nike, patrocinadora oficial da Seleção, mas chega a ser semelhante e o preço compensa e muito. Escrete Para se ter uma idéia, a camisa oficial do escrete canarinho está custando, nas lojas mais sofisticadas de Maceió, R$ 224 (o modelo que o jogador veste em campo, ou seja, com um tecido impermeável por baixo, para quando o atleta suar poder enxugar depressa). Já a camisa oficial destinada aos torcedores (sem o tecido impermeável) custa R$ 120 e com desconto pode ficar por R$ 114. “É muito cara, mas se é bonita e eu gostei. O que fazer? Não teve jeito, tive que comprar”, explica Marcelo Rocha Santos, apaixonado por futebol e torcedor incondicional da Seleção. Ele afirma que vale a pena comprar porque é original, pois não há perigo de deformar ou manchar o tecido. “O perigo mesmo é a Seleção não se classificar”, observou. No Centro de Maceió, os preços do uniforme da Seleção de Felipão variam. Há lojas que vendem o calção e a camisa (réplicas) por R$ 18, R$ 30 e R$ 32. Nos camelôs, o uniforme (calção e camiseta) para crianças de até seis anos de idade chega a R$ 5.

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