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Gasolina: margem de lucro de postos cresceu 20%

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FÁBIA ASSUMPÇÃO Uma pesquisa realizada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) constatou que os postos revendedores de combustíveis aproveitaram os freqüentes reajustes dos preços da gasolina feitos pela Petrobras, em março e abril, para aumentar suas margens de lucro. A pesquisa constatou que essas margens de lucro dos postos aumentaram em 20%. E a margem média da revenda em abril ficou em R$ 0,282 por litro, para um preço médio de R$ 1,74. Em Alagoas, o presidente do Sindicato dos Postos de Combustíveis, Mário Jorge Uchôa, afirma que a margem de lucro bruta dos postos de gasolina no Estado está hoje em 18%, menor do que a nacional constatada pela pesquisa da ANP. Isso representa que a margem média da revenda fica em R$ 0,27 por cada litro de gasolina. ?Essa margem de lucro dos postos sempre foi de 20%. E a tendência é que, a partir de agora, ela volte a ser aplicada?, observou Uchôa. Ele explica que essa margem de lucro serve para o pagamento de despesas com funcionários, obrigações sociais, contas de energia e água. Com isso, o lucro líquido dos revendedores fica em torno de R$ 0,10. ?Quando o preço da gasolina era controlado pelo governo a margem bruta dos postos sempre foi de 20%. Em 2001, os revendedores só poderiam ter R$ 0,15 de lucro por cada litro de gasolina. Hoje, o custo de venda do combustível é de R$ 0,16?, salientou. Uchôa afirmou que existem vários fatores que dificultam a redução de preço do combustível. Entre essas dificuldades, aponta a alta carga tributária que incide sobre o produto. ?Os governos federal e estadual levam 65% do preço final da gasolina ao consumidor. Da gasolina sendo vendida a R$ 1,82 só R$ 1,18 corresponde a impostos?, explicou. Ele acrescentou que o Estado vem, também, aumentando sua carga tributária sobre os combustíveis e deverá igualar a União em termos de valores de impostos. ?Hoje o ICMS sobre a gasolina corresponde a 25%. No preço de R$ 1,84, o governo vai ficar com R$ 0,46?, estimou. Outro componente que dificulta a possibilidade de redução de preços na gasolina, principalmente em Maceió, é o grande número de postos de combustíveis na cidade. Hoje, a galonagem por posto é de 80 mil litros, o que corresponde a um lucro de R$ 21.600,00. Enquanto na Bahia, essa galonagem é superior a R$ 300 mil litros, o que eleva a arrecadação com as vendas para R$ 84 mil. ?O problema de Alagoas é diferente dos outros Estados, porque a galonagem é sempre mais baixa devido à concorrência?, destacou Mário Jorge. Pressão Uchôa enfatiza, ainda, que era preciso uma pressão maior do governo federal sobre as distribuidoras. Essas são apontadas por ele como as grandes responsáveis pela alta no preços dos combustíveis. Hoje, os postos são obrigados a comprar o combustível de acordo com as bandeiras com que têm contratos. ?Mesmo que outra distribuidora idônea venda gasolina a preço mais baixo, os postos não podem comprar?, concluiu Jorge Uchôa.

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