Economia
Daslu nega sonega��o de impostos

GLOBO ONLINE A loja Daslu publicou ontem uma nota de esclarecimento nos principais jornais de São Paulo dando a sua versão sobre a blitz que sofreu no dia 13 de julho, quando 250 policiais federais, fiscais da Receita Federal e procuradores do Ministério Público fizeram uma operação para apreender documentos e notas fiscais da empresa. Na oportunidade, três sócios da Daslu a proprietária Eliana Tranchesi, seu irmão Antônio Carlos Piva de Albuquerque e o contador Celso de Lima foram presos. A Daslu foi acusada por sonegação fiscal, contrabando, formação de quadrilha, falsidade ideológica, após 10 meses de investigação do MP e da Receita Federal. Segundo a nota da Daslu, a loja sempre trabalhou pautada pela observância das leis brasileiras, cumprindo a contento todas as suas obrigações trabalhistas, fiscais e sociais. Diz ainda que os fundamentos apontados como justificadores da denominada Operação Narciso são todos de natureza tributária e, portanto, passíveis de questionamento na esfera administrativa competente. A nota conclui afirmando que ainda não há autuação e os sócios da empresa desconhecem quais as infrações fiscais/tributárias que lhe são atribuídas e que a a empresa vai ajudar nas investigações, sem interromper o atendimento a seus clientes de acordo com o padrão que tornaram a loja uma referência internacional na prestação de serviços. A Daslu começou informalmente em 1958, com roupas importadas vendidas em casa pelas amigas Lucia Piva de Albuquerque mãe de Eliana Tranchesi, hoje uma das donas junto com os irmãos Antonio Carlos e Cícero Piva de Albuquerque e a cunhada Ana Rita e Lourdes Aranha Santos, as Lu, origem do nome da butique. Vitrine do luxo no Brasil, a Daslu mudou-se em 4 de junho deste ano para uma nova sede, de 17 mil metros quadrados, na Avenida Chedid Jafet, 131, paralela à Marginal Pinheiros. O projeto foi de David Collins, o arquiteto de Madonna.