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Moeda chinesa tem leve desvaloriza��o

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FOLHAPRESS A estréia do novo regime cambial da China mostrou que “gradualismo’’ será a palavra de ordem na administração do valor da moeda: o yuan fechou na sexta-feira cotado a 8,1111 por dólar, uma ínfima desvalorização em relação aos 8,1100 anunciados pelo governo no dia anterior. Apesar de insignificante, o movimento foi na direção oposta à esperada pelos principais parceiros comerciais da China, que demandam um ganho no valor da moeda superior aos 2,1%. Às 19h01 (horário local) ia, o Banco Popular da China, nome do banco central local, anunciou o fim de uma década de vinculação do yuan ao dólar e a adoção de uma cesta de moedas para definir seu valor a partir de agora. A mudança incluiu a elevação da cotação moeda de 8,28 yuans para 8,11 yuans por dólar. A expectativa de alguns analistas é que a valorização de 2,1% será seguida de outras nos próximos meses, à medida que o banco central avalie o impacto de seus movimentos na economia real. “Nós acreditamos que este é o primeiro passo de um longo e gradual processo de mudança em direção a um câmbio mais flexível’’, opinou Jonathan Anderson, economista-chefe do UBS para a Ásia. Para ele, “não faz nenhum sentido’’ mover o valor do yuan em 2% e “deixá-lo a풒. Michael Pettis, professor de Finanças Internacionais da Universidade de Pequim, vê o período iniciado na sexta-feira como um “teste’’, no qual o banco central poderá ver o impacto na economia real da primeira mudança cambial do país em uma década. Anderson lembra que o governo chinês sempre ressaltou sua preocupação sobre possíveis impactos negativos de uma grande valorização sobre a economia, especialmente bancos e exportadores. A cautela se justifica, entre outras razões, pelo fato de que a maioria das empresas não tem acesso a instrumentos de proteção cambial (hedge), afirma. A estratégia gradualista foi reforçada por textos publicados na imprensa oficial chinesa. O novo mecanismo cambial foi detalhado em uma longa entrevista de um porta-voz não-identificado do banco central ao “Diário do Povo’’, jornal do Partido Comunista que reflete fielmente as posições do governo. “Flutuações cambiais expressivas terão grande impacto na estabilidade econômica e financeira da China e, por isso, não atendem aos interesses fundamentais da China’’, diz o texto. A mesma entrevista afirma: “Gradualismo significa considerar a capacidade de vários grupos e promover a reforma passo a passo, à luz das mudanças do mercado’’. O banco central ainda aconselha as empresas do país a promover ajustes estruturais, para aumentarem sua capacidade de lidar com mudanças cambiais. “A expectativa de grande apreciação do valor do yuan era e continuará a ser irrealista’’, reforçou editorial do “China Daily’’, jornal editado pelo Conselho de Estado. A valorização de 2,1% ficou bem abaixo dos pelo menos 15% exigidos por autoridades dos EUA e Europa para reduzir o que consideram uma injusta desvantagem dos produtos chineses no mercado internacional.

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