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Nº 5814
Economia

Ind�strias criam trading para exportar l�cteos

São Paulo – O Brasil está dando o primeiro passo para se tornar um exportador de leite. Na sexta-feira, foi constituída a primeira companhia trading que será especializada em vender no exterior produtos lácteos. A nova empresa, a Serlac, é uma associação

Por | Edição do dia 07/05/2002 - Matéria atualizada em 07/05/2002 às 00h00

São Paulo – O Brasil está dando o primeiro passo para se tornar um exportador de leite. Na sexta-feira, foi constituída a primeira companhia trading que será especializada em vender no exterior produtos lácteos. A nova empresa, a Serlac, é uma associação de três cooperativas com duas indústrias de lácteos e uma trading. A expectativa durante o primeiro ano de atividade é vender 10 mil toneladas de leite em pó, que deverão render ao País US$ 20 milhões em divisas. O produto será rotulado com a marca Brazilian Dairy Board, seguindo a estratégia vitoriosa dos produtores da Nova Zelândia, que conseguiram criar uma marca forte nacional, que garante exportações para 78% da produção do país. A meta inicial é atingir mercados do norte da África (Argélia, Tunísia e Egito) e, posteriormente, da América Latina e dos países do Oriente Médio. “Nos três primeiros anos vamos, a cada ano, dobrar os volumes vendidos”, diz o diretor da Serlac, Alfredo de Goeye. Ele conta que o projeto vai começar com exportações de leite em pó e, a médio prazo, deverá englobar outros produtos, como manteiga, queijo e leite condensado. Na avaliação de Goeye, o País não tem tradição de ser exportador de leite porque não houve esforço coordenado nesse sentido. “O Brasil está pagando o preço de ter abandonado a exportação”, afirma o diretor-presidente da Associação Brasileira de Leite Longa Vida (ABVL) e membro do Conselho Consultivo da Sertrading, Almir José Meireles. No ano passado, o Brasil produziu 20,8 bilhões de litros de leite, importou 850 milhões de litros e exportou 100 milhões de litros. Na avaliação de Meireles, o País tem custos competitivos, qualidade e capacidade de produção para enfrentar a concorrência no mercado. “As indústrias têm muitas fábricas para serem inauguradas”, destaca Goeye.

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