Economia
Massa falida do Produban deve ir a leil�o

Para se livrar de liquidações que se arrastam há anos e acabam arranhando a imagem do Banco Central, o governo decidiu inovar e vai levar a leilão a massa falida de bancos quebrados, como Nacional, Econômico e Bamerindus. A decisão inclui também o Banco do Estado de Alagoas, Produban. A fórmula, totalmente nova, está sendo negociada com os ex-controladores das instituições e irá pôr fim aos processos de liquidação extrajudicial em andamento há mais de seis anos. Segundo o diretor de Liquidação e Desestatização do BC, Carlos Eduardo de Freitas, as negociações com os antigos administradores do Banco Mercantil de Desconto (BMD), Econômico e do Mercantil de Pernambuco são as mais avançadas até agora e os leilões deverão ocorrer no segundo semestre. A intenção do BC, no entanto, é que essa seja uma alternativa para boa parte das 112 liquidações em andamento. Por ser uma saída nova, o BC está estudando como será o formato do leilão e também fechando os detalhes dos acordos com os ex-controladores. A idéia, segundo Freitas, é que após chegar a uma proposta que seja considerada satisfatória para pagamento dos credores que ainda restam, o BC convocará um leilão para dar publicidade aos termos do acerto firmado e para que terceiros possam fazer suas propostas. Assim como ocorre nos processos de privatização, os interessados terão acesso às informações sobre os bancos e poderão fazer uma análise da dívida e dos ativos que as massas dispõem. ?Se alguém achar que com os ativos que estão na massa é possível pagar os credores numa condição melhor do que a oferecida pelos ex-controladores, ele fará uma proposta no leilão?, explica Freitas. Para ele, a grande vantagem do novo modelo é dar transparência ao processo de negociação entre o BC, que é o maior credor dessas massas falidas, e os antigos donos. Ao invés de um acordo fechado entre quatro paredes como vinha ocorrendo até hoje, a proposta firmada com os antigos donos será submetida à população. Na lista de leilões preparada pelo diretor estão, além do Nacional, Econômico, Bamerindus e Mercantil de Pernambuco, instituições como Pontual, Banorte, Banforte, Progresso e Banco do Estado de Alagoas.