Economistas defendem incentivo �s exporta��es
Rio A formulação de uma política industrial para estimular as exportações e a substituição de importações foi defendida ontem pelo economista José Roberto Mendonça de Barros e os economistas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES
Por | Edição do dia 08/05/2002 - Matéria atualizada em 08/05/2002 às 00h00
Rio A formulação de uma política industrial para estimular as exportações e a substituição de importações foi defendida ontem pelo economista José Roberto Mendonça de Barros e os economistas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Fábio Giambiagi e Ana Cláudia. O trabalho deixa claro que a próxima administração do País deve manter intactos os pilares da estabilidade econômica e o compromisso com metas de inflação, mas que o segredo do êxito do futuro governo será a combinação dos elementos de continuidade com o reforço de mecanismos de intervenção estatal que visem adotar uma política industrial moderna. Para os autores, o livre funcionamento do mercado não basta para colocar o País em uma trajetória sustentada de crescimento elevado, com redução da vulnerabilidade externa e inflação baixa. Segundo Ana Cláudia, a idéia não é repetir modelos usados na década de 70. Diferentemente das políticas de 30 anos atrás, a sugerida pelos autores do estudo não estaria ligada aos conceitos de reserva de mercado e voltada especificamente para o atendimento ao mercado interno. Seleção criteriosa No lugar de uma escolha arbitrária das empresas favorecidas pela política industrial, o projeto defende uma seleção criteriosa de setores beneficiados, conforme o impacto no balanço de pagamentos, transparência no apoio e cobrança do desempenho. No caso das substituições de importações, o critério estaria ligado ao desempenho dos setores industriais, segundo o estudo. Quatro deles são citados como candidato a receber o apoio oficial, pela dimensão das suas importações: eletrônicos, complexo químico, petróleo e bens de capital.