Economia
Petr�leo encerra cotado a US$ 65

| Suzi Katzumata Agência Estado Os contratos futuros de petróleo subiram mais de US$ 2,00 e fecharam acima de US$ 65,00 o barril em Nova York, New York Mercantile Exchange (Nymex), impulsionados pelos temores relacionados com terrorismo no Oriente Médio e notícias sobre a suspensão da produção no Equador. Os participantes do mercado voltaram a ficar preocupados com a oferta após um ataque com míssil contra um navio da Marinha dos EUA estacionado na costa da Jordânia e a suspensão da produção de petróleo no Equador. Esses fatores superaram as preocupações anteriores de que os preços recordes da commodity podem estar desacelerando a demanda. Na primeira parte da semana, as pessoas estavam preocupadas com relação à demanda e, então, esses fatos (míssil e Equador) ocorreram e agora as pessoas estão preocupadas com relação a oferta, disse Jim Rollyson, vice-presidente de energia da Raymond James & Associates. Um executivo da estatal Petroecuador disse que a força maior, declarada ontem, atinge exportações de mais de 100 mil barris/dia para os EUA e pode durar até 60 dias. No início da tarde, um porta-voz do Exército do Equador disse que as forças de segurança haviam retomado o controle de 95% das instalações de petróleo. Contudo, analistas da Eurásia Group, de Nova York, disseram que tinham dúvidas quanto à retomada da atividade de produção de petróleo no Equador. O governo espera negociar uma solução para a crise quando as tensões diminuírem, mas a produção de petróleo vai apenas acelerar quando os manifestantes concordarem em negociar com o governo, disse o analista da Eurásia, Patrick Esteruelas, em nota. Em junho, os EUA importaram cerca de 288 mil barris/dia de petróleo do Equador, sendo o 9º maior fornecedor do país, segundo dados do Departamento de Energia. A paralisação (no Equador) pode afetar a Costa Oeste dos EUA mais do que o tamanho das importações de petróleo equatoriano pode sugerir, diz a nota da Eurásia.