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Conta de energia sobe 7,21% no Estado

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| INVERTIA A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) concluiu a revisão tarifária de quatro distribuidoras do Nordeste, autorizando o reajuste médio de 12,25%, inclusive no Estado. A partir de domingo, a conta de luz sobe 7,21% para a Companhia Energética de Alagoas (Ceal). Os consumidores residenciais terão um aumento de 5,60%, e os de alta tensão de 8,23% (A3) e 8,82% (A4). Já os consumidores maranhenses terão reajuste maior. Os usuários da Companhia Energética do Maranhão (Cemar) ficarão com as contas 10,96% mais altas. A Companhia Energética do Piauí (Cepisa), por sua vez, aumentará em 16,47% suas contas de energia, enquanto a Sociedade Anônima de Eletrificação da Paraíba (Saelpa) reajustará as tarifas em 14,26%. Os aumentos vão atingir 217 municípios do Maranhão, 233 do Piauí, 216 da Paraíba e 102 de Alagoas, ou seja todo o Estado. O cálculo do reajuste excluiu o PIS/Cofins a ser agregado à fatura de energia elétrica pelas distribuidoras. Audiência No fim de julho, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realizou uma audiência pública para discutir o reajuste da tarifa de energia em Alagoas. O encontro foi realizado no auditório do Sebrae e foi marcado por reclamações e pedidos de consumidores. Até então, a previsão é de que o reajuste na conta de energia ficaria em torno de 8%, sendo 6% repassados no fim de agosto e o restante do percentual nos meses seguintes. A Ceal queria um reajuste maior, de mais de 18%, mas a Aneel rejeitou a proposta. O índice de 8% é considerado um dos mais baixos do País e do Nordeste. Contrário ao reajuste, o professor universitário Carlos Molion, presente na audiência pública, destacou que a tarifa paga no Brasil é uma das maiores. “Já pagamos a tarifa mais cara. O preço da energia no Brasil só perde para o Japão”, lamentou o professor, criticando o reajuste. Luís Carlos Silva, líder comunitário do Conjunto Carminha, no Benedito Bentes II, criticou a atuação da Ceal na localidade. “Viemos da beira da lagoa e não temos condições de pagar contas tão altas. Nossa comunidade está reivindicando atendimento diferenciado, pois é de baixa renda e não tem condições de pagar contas de R$ 90 ou R$ 100 como têm vindo nos últimos meses”, ressaltou o líder comunitário. Reclamação contra o reajuste também foi feita por Antônio Sabino dos Santos, presidente da Federação de Associações de Moradores e Entidades Comunitárias de Alagoas (Famecal). “Como um consumidor pode acompanhar a prestação de serviço feita pela Ceal? Por isso questionamos esse reajuste da energia”, afirmou. Perdas De acordo com levantamento da Aneel, a Ceal ocupa a 3ª colocação no ranking do País em perdas comerciais, com 18% de prejuízo. Esse item se refere a furtos de energia e erros de medição. Além disso, a companhia tem uma série de ações pendentes na Justiça contra inadimplentes – que continuam tendo seu fornecimento de energia elétrica garantido por liminares – totalizando R$ 120 milhões em débitos. Além disso, a Ceal tem um prejuízo mensal com estes clientes porque, embora não receba o pagamento, tem de honrar seu débito com ICMS deles. A audiência foi conduzida pelo diretor da Aneel Isaac Averbuch. A revisão tarifária acontece a cada quatro anos e as audiências são realizadas em todos os estados brasileiros.

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