Economia
Importa��es batem recorde no m�s

| ANA PAULA RIBEIRO Folha Online A três dias do fim de agosto, os dados do Ministério do Desenvolvimento sobre a balança comercial mostram que as importações já bateram recorde mensal histórico. Neste mês até o dia 28, as compras do exterior somam US$ 6,438 bilhões, o maior valor já registrado em um único mês. Além disso, o valor importado na quarta semana do mês (entre os dias 22 a 28), de US$ 1,729 bilhão, também é recorde para a série do Ministério do Desenvolvimento, iniciada em 1998 com o Siscomex (Sistema Integrado de Comércio Exterior). A cotação do dólar, que se manteve baixa nos últimos meses, tem contribuído para o aumento das importações. Em tese, a desvalorização da moeda norte-americana reduz a competitividade dos produtos nacionais no exterior e favorece a compra de produtos importados. Média A média diária de importações total comercializado por dia útil está em US$ 321,9 milhões, o maior valor já registrado. No entanto, como o mês ainda não acabou, esse dado pode ser alterado. Na comparação com agosto do ano passado, a média subiu 26%. Já em relação ao mês de julho, o crescimento é de 11,7%. Na outra ponta, as exportações somam neste mês US$ 9,893 bilhões. Com isso, o superávit comercial saldo positivo entre exportações e importações está em US$ 3,455 bilhões. Considerando apenas a quarta semana, as exportações somaram US$ 2,702 bilhões e o saldo comercial da semana ficou positivo em US$ 973 milhões. A média de exportações no mês está em US$ 494,7 milhões, um aumento de 20,2% na comparação com agosto de 2004 e uma queda de 6,1% em relação ao mês anterior. Ano No ano, o saldo da balança comercial brasileira já ultrapassa os US$ 28 bilhões. Neste ano, o superávit comercial atingiu US$ 28,133 bilhões, um crescimento de 29,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. Esse saldo positivo é conseqüência das exportações de US$ 74,631 bilhões e as importações de US$ 46,498 bilhões, um crescimento de 23,1% e 19,4%, respectivamente. Competitividade Até agora, o desempenho do comércio exterior brasileiro não tem sido afetado pela baixa cotação do real em relação ao dólar. Em tese, quanto mais barata a moeda-norte americana, menor é a competitividade dos produtos nacionais no exterior. Para este ano, os analistas do mercado financeiro prevêem um superávit comercial de US$ 40 bilhões, resultado que seria bastante superior ao recorde histórico de US$ 33,696 bilhões registrado no ano passado.