Bolsa despenca, risco-Brasil dispara e d�lar fecha em R$ 2,474, alta de 1,48%
O dólar comercial subiu pela quinta vez seguida e encerrou o dia no maior valor desde o final de novembro, vendido por R$ 2,474 (compra a R$ 2,472) pela taxa do Banco Central. A alta é de 1,48% sobre o fechamento do dia anterior e o valor é o maior em mai
Por | Edição do dia 10/05/2002 - Matéria atualizada em 10/05/2002 às 00h00
O dólar comercial subiu pela quinta vez seguida e encerrou o dia no maior valor desde o final de novembro, vendido por R$ 2,474 (compra a R$ 2,472) pela taxa do Banco Central. A alta é de 1,48% sobre o fechamento do dia anterior e o valor é o maior em mais de cinco meses. O mercado financeiro viveu, mais uma vez, um dia de nervosismo no Brasil. A taxa de risco do país subiu para seu maior nível também nos últimos cinco meses, atingindo 949 pontos básicos no final da tarde de ontem. No meio da tarde, chegou a atingir 956 pontos. A Bovespa despencou e os títulos da dívida do Brasil também caíram. O Índice Bovespa caiu 4,08%, fechando em 12.101,9 pontos, o nível mais baixo dos últimos seis meses. O C-Bond, título mais negociado da dívida brasileira, também caiu nesta quinta, negociado para venda por US$ 74,75, uma desvalorização de 1,8% em relação ao fechamento de ontem. Recorde A taxa de risco do Brasil bate novo recorde do ano ao atingir 949 pontos. O risco-país é medido pelo EMBI (Emerging Markets Bonds Index), índice do banco JP Morgan feito com base nos valores dos títulos das dívidas dos países emergentes. Essa taxa é o principal termômetro para medir a desconfiança dos investidores estrangeiros com relação a um país. Segundo analistas, o mercado financeiro ainda reflete o momento político, na esteira da reportagem publicada nesta semana pela revista Veja, sobre a suposta cobrança de propina de R$ 15 milhões por Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-diretor do Banco do Brasil, no processo de privatização da Companhia Vale do Rio Doce. Novos boatos sobre pesquisas eleitorais prestes a ser divulgadas também enervam o mercado. Analistas dizem também que um declínio no indicador econômico do Brasil, que há quatro meses vem apontando cresciemnto, poderia trazer receios quanto às perspectivas do governista José Serra nas eleições de outubro.