Se no passado o cartão de crédito era símbolo de status e se restringia às camadas mais ricas da população, hoje está se tornando mais popular e já é aceito até mesmo por camelôs. Nos últimos sete anos, o número de “plásticos” em circulação no país aumentou de 11 milhões para 33 milhões. Com o cartão de crédito, é possível não só fazer compras e pagamento de serviços, mas também fazer financiamentos. Tanta facilidade, no entanto, tem um custo ainda alto. A maioria dos cartões cobra anualidades entre R$ 80,00 e R$ 110,00 e operam com taxas de juros ainda altas. Por isso, a recomendação é que o usuário do cartão, sempre que possível, pague a conta no vencimento, evitando o parcelamento. Os juros, no entanto, não chegam a afetar o crescimento desse mercado, que fechou o ano de 2001 movimentanto R$ 60 bilhões. O uso dos cartões deve continuar crescendo, segundo avaliação do presidente da American Express, Hélio Magalhães. “O Brasil tem uma população economicamente ativa maior que qualquer país da Europa. É um mercado em expansão. Especialmente após a estabilidade econômica, o brasileiro está descobrindo e usando o cartão de crédito”, analisa. Investimentos Durante entrevista coletiva, esta semana, Magalhães analisou o mercado brasileiro de cartões e anunciou novos investimentos para aumentar a participação de sua empresa no mercado nacional, diminuindo a dependência do mercado norte-americano. “Queremos crescer em bons mercados, a exemplo do Brasil. Dessa forma, ficaremos menos susceptíveis a episódios da economia americana, como o atentado terrorista de setembro, que afetou os negócios”, diz. Magalhães aposta no rejuvenescimento da marca para conquistar novos consumidores e acredita que campanhas de publicidade surtirão efeitos positivos. “Testes de campanhas e promoções que realizamos apontam um crescimento de até 50% no uso dos cartões”, revela.