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Venezuela pode fazer parte do Mercosul

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| Denise Chrispim Marin Agência Estado A Venezuela deverá se tornar, em dezembro, o quinto membro do Mercado Comum do Sul (Mercosul), bloco hoje formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. A informação foi confirmada esta semana pelo ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Reinaldo Gargano. O Uruguai exerce, atualmente, a presidência do Mercosul. Esse foi o segundo passo de aproximação com o país governado há seis anos pelo presidente Hugo Chávez, durante a 15ª Reunião de Cúpula Ibero-Americana. O primeiro foi o anúncio que Brasil, Argentina e Venezuela fecharão um acordo de cooperação na área nuclear. Com a inclusão da Venezuela, o jogo de forças dentro do Mercosul, provavelmente, mudará, segundo observadores do campo diplomático. A tendência é o Brasil perder a posição central que hoje exerce no bloco para o país de Chávez, favorecido neste momento pela abundância de recursos obtidos pelas vendas de petróleo a altos preços. Outra possível conseqüência é a mudança no jogo das negociações comerciais em andamento pelo Mercosul com a União Européia (UE) e os Estados Unidos. O bloco busca um acordo no formato “4+1” com os EUA, que agora precisaria ser “5+1”. O quinto membro é dirigido hoje por Chávez, que chamou o presidente dos EUA, George W. Bush, de “idiota” e “diabo”. Governo Lula favorece entrada As investidas da Venezuela para ingressar no Mercosul se tornaram mais enfáticas desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se mostrou solidário com o regime de Chávez na Venezuela. Tal regime foi apontado como excessivo em democracia por Lula, no fim de setembro, em Brasília – a rigor, não seria o Brasil o país que poderia duvidar da capacidade de Caracas de cumprir, integralmente, com uma das exigências do Mercosul a todos os sócios plenos e associados: o de atender à cláusula democrática. Outra exigência para um membro pleno é adotar a Tarifa Externa Comum (TEC), que define as alíquotas de Imposto de Importação (II) que todos os sócios devem aplicar sobre produtos vindos de fora do bloco. Atualmente, nem entre os sócios a TEC é aplicada. Cada país tem uma lista de exceções à TEC, que é motivo de rusgas constantes. Nesse caso, a Venezuela estaria fazendo uma concessão, ao aceitar um arcabouço que, mesmo para os quatro sócios do Mercosul, é considerado ultrapassado.

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