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CNA: exporta��o de carne se manter�

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| Fabíola Salvador Agência Estado Mesmo com o embargo declarado por vários países por causa dos focos de febre aftosa no Mato Grosso do Sul, a Confederação Nacional da Agricultura e Pecurária do Brasil (CNA) mantém a expectativa de receita cambial de US$ 3 bilhões com as exportações de carne bovina em 2005 – valor 22% maior do que os US$ 2,45 bilhões obtidos em 2004. Segundo o presidente do Forum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da CNA, Antenor Nogueira, ainda é cedo para revisar as estimativas de exportação. “Não acredito em prejuízo tão grande. Os frigoríficos exportadores são grandes e têm plantas em outros estados. Eles podem abater animais em estados sem restrição e cumprir os contratos de exportação”, disse ele. Segundo o dirigente da CNA, o Ministério da Agricultura informou que há mais seis suspeitas de foco no sul do Mato Grosso do Sul. “O importante é que os focos não saiam da zona tampão”, ponderou, referindo-se à área interditada em torno do município de Eldorado, onde foi verificada a primeira ocorrência. A CNA também divulgou o resultado das exportações de carne bovina entre janeiro e setembro deste ano. As vendas renderam US$ 2,361 bilhões, o que representa 1,73 milhão de toneladas do produto. A receita de exportação foi 31% superior aos US$ 1,797 bilhão dos nove primeiros meses de 2004. Em volume, os embarques cresceram 30%. Os principais destinos da carne brasileira, nesse período, foram Rússia (US$ 406 milhões), Egito (US$ 205 milhões), Holanda (US$ 155 milhões), Reino Unido (US$ 153 milhões) e Chile (US$ 136 milhões). Indenização A CNA se reuniu nos últimos dois dias para avaliar a situação dos pecuaristas depois da descoberta de focos de aftosa no Mato Grosso do Sul. Segundo Nogueira, o custo da indenização para os pecuaristas cujas fazendas tiveram focos confirmados e foram obrigadas a sacrificar seus rebanhos é de R$ 18 milhões, quantia suficiente para cobrir o abate de cerca de 5 mil cabeças. O dirigente da CNA afirmou que é “contra indenizar os pecuaristas que contrabandearam animais do Paraguai ou que não vacinaram seus rebanhos”. Ele ressaltou, ainda, que o pecuarista que não aceitar o sacrifício de animais doentes poderá adiar a reabertura de mercados no exterior. Se os animais forem abatidos, uma área pode ser reaberta seis meses após o controle total do foco. Sem o abate, esse período sobe para 18 meses. “Não há impasse, a legislação sanitária internacional precisa ser cumprida”, disse ele, referindo-se a manifestações de pecuaristas do Mato Grosso do Sul, que resistem a permitir o abate dos animais na região infectada. Nogueira também cobrou do Centro Panamericano de Febre Aftosa (Panaftosa) uma inspeção no rebanho paraguaio. A região onde foram registrados os focos no Mato Grosso do Sul faz fronteira com o Paraguai e há rumores de que os pecuaristas do país vizinho não aceitaram uma investigação nas fazendas da fronteira.

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