O pé de pereiro hospeda um inseto que produz uma cera, considerada a melhor para proteger as costuras dos calçados. O processo para produção da cera é o mesmo identificado na resina laca, explorada na Índia desde antes de Cristo – o inseto suga a seiva da árvore e produz a cera para se proteger dos predadores. O pereiro ou pau pereiro, como também é conhecido, consta no estudo realizado pelo cientista Jayme Santa Rosa, como árvore de porte regular, com casca de cor cinza, folhas características e frutos que fazem lembrar o pereiro europeu. A árvore mais característica do Sertão é a pirifolium, que não raro atinge 50% da composição floral. Encontra-se em  determinados trechos da região seca do Nordeste, geralmente nos mais áridos. O pereiro produz caibros e madeiras para a construção civil; mas o estudo do cientista Jayme Santa Rosa não considera o pereiro como produtor de madeira e sim como hospedeiro do inseto batizado cientificamente de ceroplastes psidii, que, vivendo na casca da árvore, suga a seiva e produz um material resinoso, que reveste o seu corpo como defesa contra o tempo e os inimigos. São milhares ou milhões de insetos nos troncos e galhos do pereiro. O cientista ensina que para bem aproveitar industrialmente as plantas silvestres do Nordeste das secas, o primeiro cuidado deve ser o de reunir e ordenar as plantações, tratando de aumentar a produtividade. “A faveleira e o pinhão bravo são dois tipos de vegetais que pouco se conhece; devem ser analisados em todos os seus aspectos”, recomenda o cientista, sugerindo a pesquisa como de campo, como o passo inicial para a primeira obtenção de informações que completem os estudos atuais.