Economia
Venda de bens dur�veis deve crescer

| PATRYCIA MONTEIRO Editora de Economia O desempenho nas vendas do comércio maceioense no Natal deste ano deve superar as do ano passado. Pelo menos essa e a projeção do levantamento mensal realizado pelo Instituto Fecomércio de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento, em parceria com o Sebrae. A expectativa de compra do consumidor de Maceió neste fim de ano está 9,55% acima da registrada no mesmo período do ano passado. Na prática, o número de consumidores dispostos a ir às compras cresceu na capital alagoana e a propensão de consumo em relação a bens de consumo duráveis também. Apenas 22,11% dos pesquisados pelo Instituto Fecomércio afirmaram que não iriam fazer aquisições no mês de dezembro. Esse aumento no potencial de compras por parte do consumidor está relacionado com o recebimento do 13º salário, a estabilização da economia, à entrada de divisas no País e à expansão do crédito, afirma o diretor-executivo do Instituto Fecomércio, Valdick Emídio Vieira. Segundo ele, ao longo do ano, o consumidor de Maceió se manteve otimista em relação ao cenário econômico nacional apesar da crise política a partir do segundo semestre. Tanto é que 93% dos entrevistados pela pesquisa afirmam que acreditam que a situação financeira vai melhorar nos próximos meses e 89% deles consideram o momento atual uma ótima fase para aquisição de bens duráveis, completa. Confirmando a predisposição em adquirir bens de consumo duráveis, o interesse pela compra de geladeiras, máquina de lavar, DVDs e aparelhos de som cresceram, em média, 2% este mês. Contudo, a intenção de compra de artigos como vestuário, calçados e celulares permanecem no topo da lista de objetos de consumo da capital alagoana, respectivamente, esses itens foram citados por 48%, 37% e 12% dos entrevistados. Endividamento Se de um lado o maceioense declara o desejo de ir às compras, de outro mais da metade dos consumidores, com idade acima de 18 anos, confessa estar endividado este mês. A pesquisa do Instituto Fecomércio, realizada em parceria com o Banco do Nordeste, sobre a taxa de endividamento de Maceió, aponta que 61,25% dos entrevistados estão com pelo menos 23,29% da renda comprometida em dívidas no cartão de crédito, cheque, carnês de lojas, empréstimos pessoais, financiamento de veículos e seguros. Entretanto, apenas 1,76% destes consumidores dizem que não vão poder honrar seus compromissos financeiros. Vale ressaltar que a taxa de potencial de inadimplência no mês de dezembro ficou abaixo da registrada em novembro, que foi de 4,11%. Essa amortização da possível taxa de inadimplência se deve aos recursos do 13º salário. Isso mostra que boa parte deste dinheiro extra será aplicado no pagamento de dívidas, diz Valdick Vieira.