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Nº 5759
Economia

Febraban prev� crescimento de 3,4%

| Flavio Leonel Agência Estado Pesquisa divulgada este fim de semana pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) apontou que as instituições financeiras esperam um “cenário otimista” para o próximo ano, mesmo com a realização de eleições gerais no Pa

Por | Edição do dia 11/12/2005 - Matéria atualizada em 11/12/2005 às 00h00

| Flavio Leonel Agência Estado Pesquisa divulgada este fim de semana pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) apontou que as instituições financeiras esperam um “cenário otimista” para o próximo ano, mesmo com a realização de eleições gerais no País. Segundo projeção feita por 49 instituições, o crescimento esperado para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro é de 3,46% para 2006, com inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 4,62%, dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,5% com tolerância de 2 pontos porcentuais para cima ou para baixo. Na avaliação do economista-chefe da Febraban, Roberto Luis Troster, os estímulos para esse crescimento estão dados pela indústria, que tem uma projeção de expansão de 3,99% para o PIB do setor. Outros fatores que impulsionarão a economia, segundo ele, serão exportações e a taxa de juros em queda. Para 2006, a previsão é de que as exportações atinjam US$ 122,57 bilhões, resultado próximo da projeção feita pelo Banco Central (US$ 123 bilhões) na mais recente Nota do Setor Externo, divulgada em novembro. Quanto às importações, a expectativa é de um total de US$ 86,44 bilhões, o que resultaria num saldo comercial de US$ 36,13 bilhões, pouco acima dos US$ 34 bilhões projetados pelo BC. Outro fator de estímulo apontado pela Febraban é a queda na taxa básica de juros, a Selic, que atualmente é de 18,5% ao ano. As instituições esperam que a Selic chegue ao mês de dezembro de 2006 a 15,23% ao ano e, a dezembro de 2007, a 13,87% ao ano. Em relação às eleições do próximo ano, que definirão o novo presidente da República ou a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Febraban destaca que o pleito deverá ser mais focado nos fatores técnicos que emocionais. “Será uma oportunidade para debater rumos, analisar alternativas e escolher uma rota de crescimento compatível com o potencial do País”. empresários Alguns dos principais empresários brasileiros não perderam o otimismo em relação ao crescimento do País para este ano, apesar da queda de 1,2% registrada no Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre. Presidentes de empresas sugeriram que não há motivos suficientes para acreditar que o Brasil perdeu sua capacidade de manter um crescimento sustentável. Apesar de reconhecer que problemas como a valorização do real frente ao dólar, a elevada taxa de juros e a crise política podem ter contribuído para uma queda inesperada do PIB, o presidente da Nestlé, Ivan Zurita, insistiu que ainda há motivos para esperar uma mudança neste cenário. “A queda foi inesperada mas esperamos que esta tendência irá se reverter”, afirmou o executivo. É uma pena isso ter acontecido, mas eu sou um otimista. Para mim, isto é passado”, afirmou o executivo. Zurita apontou também que apesar do cenário desfavorável do ponto de vista macroeconômico, a Nestlé tem se beneficiado da atual situação por gerar 95% de suas vendas no mercado brasileiro e pelo fato de a valorização do real ser comparada, no caso da empresa, ao franco suíço. O presidente da Embratel, Carlos Henrique Moreira, mantém uma visão ainda mais otimista em relação a atual realidade brasileira. “Eu não senti desaceleração nenhuma, para mim isso é coisa de estatística”, disse o executivo, acrescentando que, do ponto de vista do setor ao qual pertence, o ano de 2005 poderia facilmente ser comparado a 2004, com a vantagem de ter apresentado um avanço expressivo das exportações. “As coisas não estão nem melhores nem piores que no ano passado”, afirmou. O presidente do grupo Amil, Edson Bueno, manteve uma postura semelhante. “Eu estou muito otimista”, disse o executivo pouco antes da cerimônia de premiação. “Afinal, quando o governo Lula assumiu, ninguém imaginava que haveria estabilidade econômica”, disse.

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