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Nº 5759
Economia

Celulares impulsionam faturamento

| Investnews A venda de celulares foi uma das principais motivadoras do crescimento de 30% do ganho do setor de telecomunicações em 2005. Conforme divulgou na última semana a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), o bom desemp

Por | Edição do dia 11/12/2005 - Matéria atualizada em 11/12/2005 às 00h00

| Investnews A venda de celulares foi uma das principais motivadoras do crescimento de 30% do ganho do setor de telecomunicações em 2005. Conforme divulgou na última semana a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), o bom desempenho se deu tanto pelo crescimento do mercado interno quanto pelo incremento das exportações. “A consolidação de novos fabricantes no País com compromissos de exportação e a disputa pelas operadoras para atrair clientes impulsionaram o consumo de celulares”, divulgou a Abinee em comunicado. O perfil das vendas de celulares deste ano é semelhante ao de 2003: na ocasião, dos 28 milhões de aparelhos vendidos, 14 milhões foram exportados e 14 milhões atenderam o mercado interno. Em 2005 houve crescimento de 43% nas vendas em relação a 2004, com 60 milhões de unidades vendidas; 30 milhões para exportações e 30 milhões para o mercado doméstico. Segundo dados da Anatel, a base instalada de telefones celulares passou de 66 milhões de terminais em 2004 para 81 milhões em outubro deste ano. A previsão da Abinee é de que, até o fim do ano, esse número chegue a 88 milhões. A telefonia fixa também apresentou bom desempenho, decorrente dos investimentos em serviços de Voz sobre IP, acesso de banda larga e backbones (portas de acesso à Internet). Exportações O forte crescimento das exportações de eletroeletrônicos brasileiros não serviu para animar os empresários da indústria do setor. Apesar das estimativas divulgadas da Abinee, de que em 2005 o Brasil exportou 43% a mais dos produtos do que no ano passado, um total de US$ 7,6 bilhões, a preocupação mencionada com mais freqüência entre os diretores da associação era mesmo a taxa de câmbio brasileira. “Nunca estivemos numa situação tão delicada como a atual: a moeda cai e não tem piso, não sabemos onde vai parar”, alertou o empresário Umberto Gobatto, membro da diretoria da Abinee. De acordo com dados da associação, a valorização do real frente ao dólar vem expondo os fabricantes do setor a uma competição desleal com os produtos do sudeste asiático, em especial a China. “As empresas estão cansando de levar prejuízo, graças a essa política de câmbio irresponsável”, disse Gobatto. Apesar dos bons números, a questão cambial já se reflete nos resultados de 2005. Diferentemente do ano passado, quando todas as áreas do setor apresentaram crescimento real positivo, o setor de componentes elétricos e eletrônicos deve encerrar o ano com queda de 1% no faturamento.

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