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Nº 5759
Economia

Assembl�ia na Parmalat � suspensa

| FABIANA FUTEMA Folha Online Os credores da Parmalat Participações suspenderam a assembléia que deveria aprovar ou rejeitar o plano de recuperação judicial na última sexta-feira. A assembléia será retomada no dia 22. O advogado da Parmalat , Thomas Fe

Por | Edição do dia 11/12/2005 - Matéria atualizada em 11/12/2005 às 00h00

| FABIANA FUTEMA Folha Online Os credores da Parmalat Participações suspenderam a assembléia que deveria aprovar ou rejeitar o plano de recuperação judicial na última sexta-feira. A assembléia será retomada no dia 22. O advogado da Parmalat , Thomas Felsberg, disse que houve consenso entre os credores sobre a suspensão. “A recuperação da Parmalat Participações depende muito do que vai ocorrer com a Parmalat Alimentos”. Os credores da Parmalat Alimentos voltam a se reunir na terça-feira. A última assembléia, iniciada no dia 28 de novembro, foi suspensa para que a empresa tentasse chegar a um acordo com os credores. Esse entendimento é fundamental, pois a rejeição do plano pode levar a empresa à falência. Felsberg disse que uma das divergências com os credores já foi resolvida. Os bancos que possuem títulos da Parmalat emitidos no mercado internacional conseguiram garantir o direito a voto na assembléia de credores. A empresa já conseguiu autorização dos credores para vender alguns ativos. Entre os ativos que devem ser vendidos está a participação de 51% da Parmalat na Batávia, que foi afastada no ano passado do controle da empresa pelos acionistas minoritários. Os credores também autorizaram a Parmalat a vender outro ativo não-operacional. Modificações no plano Felsberg disse que as negociações com os credores para modificação do plano de recuperação ainda não foram concluídas. As partes deverão se reunir até a data da assembléia. “Nada impede que a assembléia volte a ser suspensa”. O plano original de recuperação da Parmalat previa o pagamento dos credores operacionais em quatro anos. Já os credores financeiros seriam pagos em 12 anos – sem redução do valor nominal de seus credores. O pagamento dos credores financeiros seria feito por meio de emissão de duas séries de debêntures (títulos privados de dívida) – sendo uma com pagamentos semestrais em dinheiro e outra em dinheiro ou bônus de subscrição em ações, até o limite de 10% do capital. O uso das marcas Parmalat e Santal será assegurado durante o período de pagamento dos credores, assim como as demais marcas, como Glória, Etti e Duchen. No final de junho, a 1ª Vara de Falência e Recuperação Judicial de São Paulo aprovou o pedido da Parmalat Alimentos e da holding, Parmalat Participações, para migrar do regime de concordata para o de recuperação judicial – mecanismo da nova Lei de Falências, que substituiu a concordata. Na prática, a mudança de regime deu fôlego para a Parmalat conseguir chegar a um acordo com os credores e evitar a falência. Com a mudança, a Parmalat conseguiu se livrar do pagamento da primeira parcela de uma dívida estimada em R$ 1,8 bilhão que começaria a vencer no começo de julho. Em vez disso, a empresa ganhou 60 dias para apresentar um plano de recuperação para o juiz e mais 90 para aprová-lo numa assembléia geral de credores.

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