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Nº 5759
Economia

Eletrobras quer internacionaliza��o

| REUTERS A Eletrobras já tem pelo menos três obras engatilhadas para depois que o Congresso Nacional aprovar a sua atuação fora do Brasil. O projeto acalentado ao longo de 2005 deverá ser concretizado neste ano, assim como a listagem das ações da empr

Por | Edição do dia 01/01/2006 - Matéria atualizada em 01/01/2006 às 00h00

| REUTERS A Eletrobras já tem pelo menos três obras engatilhadas para depois que o Congresso Nacional aprovar a sua atuação fora do Brasil. O projeto acalentado ao longo de 2005 deverá ser concretizado neste ano, assim como a listagem das ações da empresa no nível 2 da Bolsa de Valores de Nova York, informou presidente da estatal, Aloisio Vasconcellos. Além da polêmica compra de ativos de transmissão de energia da Petrobras na Argentina, e sua possível duplicação, sobre a qual Vasconcellos evita dar detalhes, a holding do parque gerador estatal brasileiro pretende construir com a Odebrecht e a Engevix uma usina hidrelétrica binacional entre a Namíbia e Angola, na África, com capacidade de geração de 560 megawatts e um custo estimado de US$ 600 milhões. Outra obra que está “na marca do pênalti”, segundo o executivo, é uma usina de 240 megawatts em El Salvador, no rio Lampa, com a Andrade Gutierrez. “Os negócios estão bem adiantados, só falta a Casa Civil mandar o projeto (de internacionalização da Eletrobras) para o Congresso”, disse Vasconcellos na última quarta-feira a jornalistas. A mudança depende de alteração na lei que criou a Eletrobras, explicou. “A mudança na lei vai permitir à Eletrobras vender serviços de engenharia, de consultoria e até ter ativos no exterior”, complementou. Ele não quis entrar em detalhes sobre o projeto na Argentina, pelo qual, segundo declarações do próprio Vasconcellos em setembro deste ano, a Eletrobras iria comprar os ativos da Transener, empresa de transmissão de energia adquirida pela Petrobras junto com a Perez Companc, em 2002. A Petrobras tem de se desfazer dos ativos como condição para assegurar confirmação da compra dos ativos da petrolífera argentina. Novas usinas Vasconcellos anunciou também que a estatal pretende investir R$ 5 bilhões neste ano na construção de novas usinas adquiridas no leilão realizado em dezembro, na manutenção do parque gerador, em linhas de transmissão e modernização tecnológica. Os números poderão crescer se o governo aprovar a construção de Angra 3 – investimento de US$ 1,6 bilhão – que teria forte participação da Eletrobras, segundo Vasconcellos. Além disso, a estatal quer estar presente em megaprojetos como as usinas hidrelétricas de Belo Monte e Rio Madeira. “Esperamos um novo leilão (de energia) para março, mas acho difícil Belo Monte entrar, mas Rio Madeira já foi anunciado pelo ministro”, lembrou Vasconcellos, que no primeiro leilão de novos empreendimentos de energia criticou os órgãos ambientais por impedirem a licitação de algumas usinas ao não concederem licença prévia. “Em março teremos as licitações das usinas que ficaram fora do primeiro leilão, como Mauá, Dardanelo e Ipoeiras, essa a mais importante e que deve entrar dessa vez”, avaliou.

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