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Nº 5759
Economia

Pa�s lidera combate � explora��o infantil

| Agnes Dantas Globo Online A partir de 8 de agosto, o Brasil vai assumir a cadeira de líder latino-americano no desenvolvimento de políticas e ações de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes no turismo. É quando acontece em Santiago, no

Por | Edição do dia 08/01/2006 - Matéria atualizada em 08/01/2006 às 00h00

| Agnes Dantas Globo Online A partir de 8 de agosto, o Brasil vai assumir a cadeira de líder latino-americano no desenvolvimento de políticas e ações de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes no turismo. É quando acontece em Santiago, no Chile, o primeiro encontro entre ministros de Turismo, embaixadores, representantes de ONGs e empresários do setor turístico do continente para debater diretrizes e ações práticas. A pedido dos governos de dez países da América do Sul, o Brasil realizará, até setembro, seminários e workshops para mostrar as estratégias que vêm sendo implementadas para mobilizar, conscientizar e capacitar profissionais do turismo e de serviços para evitar a exploração sexual de menores. Durante os encontros, será estruturada uma pauta de ações multilaterais a serem adotadas entre os países, como campanhas nacionais de conscientização e mobilizações da sociedade civil, resultados que serão expostos, em outubro, durante a segunda edição do Fórum Mundial de Turismo, no Rio. Em 24 de outubro está prevista para iniciar a campanha cooperada de conscientização de política comum de combate ao turismo sexual infanto-juvenil, informou Coordenador de Ações do Ministério do Turismo brasileiro, Sidney Alves Costa. “O Brasil integra o comitê executivo da Organização Mundial do Turismo (OMT), que trata do assunto e tem sido objeto de atenção de diversos países porque reconhece que o problema existe. Assumimos a responsabilidade de buscar soluções e buscamos integração com o trade turístico. A idéia é passar este conhecimento e usaremos a mesma base da campanha de valorização que veiculamos no País. Repudiamos pessoas que se valem da estrutura do turismo para atuar como criminosos e não queremos isso para nossos vizinhos”, detalhou, citando a campanha “Brasil, Quem Ama Protege” lançada em dezembro de 2004. Ações Entre as ações de combate à exploração sexual infanto-juvenil no turismo brasileiro estão a troca de informações com a Polícia Federal sobre suspeitas de envolvimento de operadores, hotéis e agentes de viagem, o monitoramento de novos empreendimentos turísticos para garantir a inclusão social da comunidade em que estão inseridos, inserção de disciplinas ou palestras nos cursos de capacitação em serviços e hotelaria e o engajamento dos estabelecimentos em campanhas que valorizam os jovens. Depois de passar pelo Peru, Bolívia, Colômbia, Equador, Argentina, Uruguai, Venezuela e Paraguai, o grupo de técnicos segue para San José, na Costa Rica, que solicitou o encontro para replicar na América Central as ações adotadas pelo Brasil. De lá, técnicos do ministério e representantes do setor partem para Rio Branco, no Acre, onde, no dia 14 de agosto, darão início ao ciclo de palestras e encontros nacionais em 26 estados e Distrito Federal. Segundo Costa, a estratégia é que, até dezembro, sejam definidos grupos de trabalho nos estados que ficarão responsáveis por adequar as políticas nacionais de combate à exploração sexual infanto-juvenil à realidade de cada lugar. “O problema se dá em todo o Brasil, mas não adianta impor de cima para baixo a implementação do código em cada Estado. Os encontros nos estados servirão para mostrarmos as políticas e incentivarmos o empresariado e a sociedade civil local a adotarem”, disse.

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