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Nº 5759
Economia

Estoque impede maior reaquecimento

| FOLHAPRESS Rio de Janeiro Para Sílvio Sales, chefe da Coordenação de Indústria do IBGE, o fato de a indústria ainda viver um período de ajuste de estoques, que continuam elevados, impede um maior reaquecimento do setor. Foi justamente a frustração d

Por | Edição do dia 11/01/2006 - Matéria atualizada em 11/01/2006 às 00h00

| FOLHAPRESS Rio de Janeiro Para Sílvio Sales, chefe da Coordenação de Indústria do IBGE, o fato de a indústria ainda viver um período de ajuste de estoques, que continuam elevados, impede um maior reaquecimento do setor. Foi justamente a frustração da expectativa de vendas em alta que fez as indústrias acumular estoques, o que provocou a freada da indústria em setembro, da qual o setor ainda não se recuperou. Além disso, o economista do IBGE ressalta que há “uma desaceleração do consumo” especialmente de bens duráveis em razão do arrefecimento da oferta de crédito e do limite da capacidade de endividamento das famílias. Tal movimento se refletiu nos números do IBGE: a produção de duráveis (eletrodomésticos e automóveis) caiu 1,4% de outubro para novembro com o ajuste sazonal. Eletrodomésticos A retração foi provocada principalmente pela queda na fabricação de eletrodomésticos da linha branca (-9,7% na comparação com novembro de 2004) e de celulares (23,4%). No caso dos eletrodomésticos, a valorização do real também ampliou a concorrência dos importados com produtos feitos no Brasil, o que prejudicou as fábricas brasileiras. Por outro lado, cresceu a produção de bens intermediários (0,2%) e de semi e não-duráveis (0,5%) de outubro para novembro, que só não teve um desempenho melhor por causa da queda no refino de petróleo e álcool (1,5%), provocada pela entressafra rigorosa de cana-de-açúcar, que fez subir os preços do álcool e reduzir a oferta do produto. Os bens de capital (máquinas e equipamentos) tiveram, porém, o melhor desempenho de novembro - alta de 2,2% ante outubro. Em nenhuma das três categorias, no entanto, os resultados positivos compensam as quedas de setembro ou outubro. Veículos Apesar da retração em novembro, o crédito assegurou a liderança de bens duráveis, no acumulado do ano - uma alta de 11,2%. O pior desempenho ficou com bens intermediários - crescimento de 1%. No acumulado do ano até novembro, os destaques positivos foram veículos (6,9%), indústria extrativa (10,3%) e aparelhos e equipamentos de comunicação (14,7%). Já siderurgia, com queda de 2,4%, puxou a produção da indústria para baixo.

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