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Economia

Ministros divergem sobre reajuste

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| Adriano Ceolini e Sheila D'Amorim Folhapress Brasília - Os ministros Luiz Marinho (Trabalho) e Paulo Bernardo (Planejamento) entraram em contradição, ontem, sobre a possibilidade de antecipar o aumento do salário mínimo para março. Marinho disse, no Congresso, que seria impossível elevar o mínimo para R$ 350 já em março. No fim da tarde, Bernardo disse que ?claro que é possível?, com a ressalva de que a decisão seria do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na quarta-feira, o governo e as centrais sindicais chegaram a um entendimento sobre o novo valor do mínimo, que subiria de R$ 300 para R$ 350, mas divergiram quanto à data que entraria em vigor. A proposta do governo, representado por Marinho e pelo ministro Luiz Dulci (Secretaria Geral), era que o aumento passaria a valer só em maio. As centrais exigiram a partir de março. ?Desse jeito é impossível?, disse Marinho, depois de ir à Câmara para um encontro com o relator do Orçamento, Carlito Merss (PT-SC), e o líder do governo na Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP). Na conversa, Marinho foi avisado de que o reajuste para R$ 350, já partir de março deste ano, teria um impacto superior a R$ 2 bilhões nas contas da Previdência. Até anteontem, ele achava que o valor fosse R$ 1 bilhão. ?A verdade é que a cada mês antecipado o impacto é de R$ 1,068 bilhão?, disse. ?Assim, a proposta das centrais será impossível de ser incorporada?, disse. Ele afirmou, contudo, que ainda assim levaria os dados a Lula. ?Não tem isso de o presidente quer ou o presidente não quer. Tem de ser tomada uma decisão compatível com o Orçamento?, disse Marinho. Apesar do aparente desacordo, o ministro afirmou estar otimista para fechar um reajuste de R$ 350. ?Mudar a data [de março para maio] é a saída?, disse. Na reunião com Marinho, Merss argumentou que, apesar de o governo não conseguir promover o reajuste a partir de março, poderá haver uma pequena correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física. Ele diz, no entanto, que a proposta do governo ainda é de um reajuste de 7%. As centrais sindicais pedem 10%. Os técnicos da área econômica estão preparando todas as simulações sobre o impacto que o aumento do mínimo trará para o Orçamento da União e deverão apresentar os cálculos a Lula na semana que vem, quando ele terá um encontro para discutir o assunto com os sindicalistas. ?Ninguém conversou sobre isso ainda. Isso vai ser levado ao presidente?, disse Bernardo no Ministério do Planejamento.

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