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Nº 5759
Economia

Empresa recorre � alta rotatividade

| Julianna Sofia Folhapress Brasília - A indústria brasileira vem recorrendo à alta rotatividade de empregados para reduzir os custos com salários. Estudo realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) mostra que, entre os anos de 20

Por | Edição do dia 15/01/2006 - Matéria atualizada em 15/01/2006 às 00h00

| Julianna Sofia Folhapress Brasília - A indústria brasileira vem recorrendo à alta rotatividade de empregados para reduzir os custos com salários. Estudo realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) mostra que, entre os anos de 2000 e 2004, a remuneração de novos contratados ficou, em média, entre 10% e 20% abaixo dos salários de funcionários desligados (demitidos ou aposentados). Além disso, o documento confirma a tendência verificada no início dos anos 90 de que o emprego industrial está migrando para o interior do País. Os dados revelam que, a cada quatro vagas abertas pela indústria, três estão fora das capitais. O autor do estudo e diretor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), João Luiz Sabóia, afirma que já era esperado que os salários dos trabalhadores admitidos fossem inferiores aos de empregados desligados. INTERIOR “O diferencial é que é muito grande. Receber cerca de 85% do salário do demitido é um diferencial muito elevado”, explicou o especialista reponsável pelo estudo, João Luiz Sabóia. O estudo mostra que os trabalhadores contratados nas capitais entre 2000 e 2004 receberam o equivalente a 84,3% do salário de funcionários demitidos no período. No caso do interior, a diferença foi menor: 86,5%. A situação mais extrema acontece quando as empresas demitem na capital para contratar no interior. “Despedindo na capital e contratando no interior, a empresa tem 30% de ganho”, afirmou Sabóia. Mão-de-obra Segundo João Luiz Sabóia, os salários dos trabalhadores são em média mais elevados nas capitais. Por esse motivo, há mais espaço para reduções salariais quando há renovação de mão-de-obra. “No interior, o salário já é mais baixo”. Os dados apontados no estudo do Senai realizado pelo pesquisador João Luiz Sabóia, revelam que a remuneração média nas capitais, em 2004, foi de 2,3 salários mínimos. No interior, não passava de 1,9 salário mínimo. As atividades industriais que garantiram melhor remuneração foram material de transporte, mecânica, material elétrico e de comunicação, papel, metalurgia, química e extração mineral, entre outros.

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