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Nº 5759
Economia

Liminar suspende abate de gado no PR

| Mari Tortato Folhapress Curitiba - Uma decisão da Justiça Federal interrompeu os preparativos para o abate sanitário de 1.800 bois supostamente com febre aftosa na fazenda Cachoeira, em São Sebastião da Amoreira, no Paraná. O proprietário obteve uma l

Por | Edição do dia 15/01/2006 - Matéria atualizada em 15/01/2006 às 00h00

| Mari Tortato Folhapress Curitiba - Uma decisão da Justiça Federal interrompeu os preparativos para o abate sanitário de 1.800 bois supostamente com febre aftosa na fazenda Cachoeira, em São Sebastião da Amoreira, no Paraná. O proprietário obteve uma liminar que impede a matança do gado enquanto o Ministério da Agricultura não apresentar todos os laudos da doença nos animais do imóvel. A ação cautelar que impede o chamado “sacrifício’’ foi concedida pelo juiz federal Cleber Otero Sanfelici, de Londrina, antes que o ministério fosse comunicado da autorização do Conesa (Conselho Estadual de Sanidade Animal) para que os animais fossem mortos e enterrados na fazenda. Na quarta-feira, o Conesa - órgão com representantes dos governos estadual e federal e do setor privado - concordou com a morte do gado como medida para apressar o retorno do Paraná ao mercado internacional da carne. O abate é uma das exigências da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). O juiz deu cinco dias para que o Ministério da Agricultura apresente todos os laudos que justifiquem a limpeza sanitária da fazenda Cachoeira. Escreveu na liminar que a decisão prevalece “até que a União [por meio do ministério] efetivamente apresente indícios que acarretem suspeita da existência da febre aftosa em animal desse rebanho’’. A delegacia do Ministério da Agricultura no Paraná não havia sido notificada da liminar até o final da tarde de sexta-feira. A superintendente substituta, Rosilena Lima Halfen, disse que a Advocacia Geral da União deve recorrer da medida na próxima semana. Na sede do ministério, em Brasília, nenhuma autoridade sanitária falou sobre o caso à reportagem. O caso da Cachoeira repete a situação da fazenda Bonanza, de Mato Grosso do Sul, de onde saíram 209 animais em outubro - quando foi constatada a aftosa no rebanho sul-mato-grossense - para a fazenda do Paraná. O advogado da Cachoeira, Ricardo Jorge Rocha Pereira, é o mesmo que conseguiu barrar, na Justiça Federal em MS, a matança de 1.050 cabeças da Bonanza.

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