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Nº 5759
Economia

Marinho pressiona estados por m�nimo

| Fabiana Futema Folhapress São Paulo - O Palácio do Planalto quer fechar com as centrais sindicais uma proposta alternativa de reajuste para o salário mínimo. Para antecipar o aumento para o mês de março, o governo pretende fixar o salário mínimo no va

Por | Edição do dia 17/01/2006 - Matéria atualizada em 17/01/2006 às 00h00

| Fabiana Futema Folhapress São Paulo - O Palácio do Planalto quer fechar com as centrais sindicais uma proposta alternativa de reajuste para o salário mínimo. Para antecipar o aumento para o mês de março, o governo pretende fixar o salário mínimo no valor de R$ 340 - abaixo dos R$ 350 reivindicado pelas centrais sindicais. Atualmente, o piso está em R$ 300. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, aproveitou ontem para transferir para os estados parte da responsabilidade pela dificuldade de antecipar o reajuste do salário mínimo para março. Segundo o ministro, se os governadores estaduais abrissem mão dos repasses previstos na Lei Kandir (que prevê compensação aos estados pela desoneração de tributos sobre exportações), seria possível não só antecipar a data de reajuste como também corrigir a tabela de Imposto de Renda. “Se governadores enviarem uma mensagem dizendo que pode passar tudo [da Lei Kandir] para salário mínimo e tabela de IR, aí dá para atender as duas reivindicações”, disse. Marinho afirmou que, mesmo em R$ 340, o reajuste representa um ganho para os trabalhadores. “Nós estamos discutindo um patamar bastante significativo olhando para os números da inflação do ano e para a realidade do mercado de trabalho”, disse. O ministro Jacques Wagner (Relações Institucionais) disse ontem que era “impossível” antecipar o pagamento do salário mínimo de R$ 350 para março. Em defesa dos R$ 340, Marinho disse que o valor representa 30% dos pisos salariais negociados em 2005. No entanto, ele não descartou por completo a chance de levar o mínimo para R$ 350. “Essa é uma possibilidade. Vai depender da boa vontade das partes”, disse. Para Marinho, não é justo que os contribuintes fiquem sem correção da tabela de IR por conta do pagamento dos repasses para os Estados. “Não é justo repassar recursos, na proporção que os governadores desejam, e não atender os 7,5 milhões de contribuintes que pagam Imposto de Renda”, afirmou. O ministro disse ainda que o reajuste do mínimo pesará no bolso da classe média, que contrata empregados domésticos. “Se os contribuintes têm uma melhor condição, podem aumentar o salário do trabalhador doméstico. Correção da tabela de IR é um elemento de justiça social e estabelece equilíbrio entre os vários segmentos da sociedade”, afirmou. Apesar das várias justificativas para não pagar o mínimo de R$ 350 a partir de março, Marinho disse que a decisão será tomada pelo presidente, que se reúne na quinta-feira com as centrais sindicais.

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