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Nº 5759
Economia

Investimento direto no Brasil foi menor que o previsto

| Folhapress Brasília Os investimentos estrangeiros diretos direcionados ao Brasil recuaram 16% entre 2004 e 2005, para US$ 15,193 bilhões. O resultado ficou abaixo do esperado pelo Banco Central (US$ 16 bilhões). Ainda assim, o número não é visto de f

Por | Edição do dia 22/01/2006 - Matéria atualizada em 22/01/2006 às 00h00

| Folhapress Brasília Os investimentos estrangeiros diretos direcionados ao Brasil recuaram 16% entre 2004 e 2005, para US$ 15,193 bilhões. O resultado ficou abaixo do esperado pelo Banco Central (US$ 16 bilhões). Ainda assim, o número não é visto de forma negativa pelo chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes. “Errar de US$ 16 bilhões para US$ 15 bilhões é perfeitamente normal.” Lopes ressalta ainda que a queda ocorrida no ano passado reflete um efeito estatístico que distorceu os números de 2004. Naquele ano, a fusão entre as cervejarias AmBev e Interbrew foi feita por meio de uma troca de ações entre as duas companhias - a empresa brasileira recebeu ações da sua parceira belga e vice-versa. Pela metodologia do BC, a compra de ações da AmBev pela Interbrew foi classificada como investimento estrangeiro, embora, na prática, não tenha havido ingresso de recursos no Brasil. A operação foi de cerca de US$ 5 bilhões. “Quando excluída a operação, o volume passa de R$ 13 bilhões em 2004 para US$ 15 bilhões em 2005, ou seja, houve alta”, diz Lopes. Sobre o fato de o ingresso de investimentos ter ficado abaixo do previsto pelo BC, Lopes afirma que isso não significa que haja uma tendência de queda no fluxo de capital para o Brasil. De acordo com ele, o que houve foi um “ponto fora da curva” em setembro do ano passado, quando a entrada líquida de recursos ficou em apenas US$ 43 milhões. Neste ano, o BC também estima que o Brasil vá receber US$ 16 bilhões em investimentos estrangeiros diretos, perto do número registrado em 2005. Já o volume de empréstimos obtidos pelo setor privado no mercado internacional em 2005 ficou um pouco acima do projetado. A estimativa era que as empresas brasileiras fossem renovar só 70% dos financiamentos externos que venceriam no ano passado, mas essa proporção chegou a 81%.

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