Europeus vistoriam combate do Brasil � febre aftosa
| ANA RAQUEL COPETTI Folhapress A missão européia que está no Brasil para verificar a eficácia da ação de erradicação da febre aftosa encerrou na sexta-feira a visita ao Mato Grosso do Sul. Os profissionais europeus estiveram em Japorã, Eldorado e Mund
Por | Edição do dia 29/01/2006 - Matéria atualizada em 29/01/2006 às 00h00
| ANA RAQUEL COPETTI Folhapress A missão européia que está no Brasil para verificar a eficácia da ação de erradicação da febre aftosa encerrou na sexta-feira a visita ao Mato Grosso do Sul. Os profissionais europeus estiveram em Japorã, Eldorado e Mundo Novo, municípios do Estado que registraram focos da doença. O grupo é formado por cinco técnicos que representam o governo dos países da União Européia. Na chefia está o português Antônio Rosinha, que já visitou o País anteriormente para outras vistorias. Na segunda-feira, a missão visitou a unidade da Lanagro (Laboratório de Análises Agropecuárias) em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. No laboratório, de acordo com o Ministério da Agricultura, os técnicos avaliaram as condições de trabalho e a capacidade tecnológica de diagnósticos. Já em Mato Grosso do Sul, a missão recebeu relatórios da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) sobre a ação de erradicação da febre aftosa. No Estado, o grupo visitou propriedades nas quais foram realizados abates de gado, vistoriou frigoríficos e postos de fiscalização da Iagro. A expectativa dos produtores sul-mato-grossenses é a de que os técnicos europeus aprovem o trabalho sanitário e que esse fato impulsione o fim dos embargos à carne brasileira, anunciados em 2005 devido a focos da doença. Segundo o diretor-presidente da Iagro, João Cavalláro, o objetivo dos europeus é ter certeza de que só houve problemas com aftosa no extremo sul do Estado. Os europeus ficam no Brasil até o próximo dia 3, quando se reúnem com o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, para passar a primeira avaliação das visitas. Em 40 dias, a missão deve encaminhar ao governo brasileiro um relatório com o balanço da análise no País. ### Combate à doença terá investimento de US$ 49 mi PATRICIA ZIMMERMANN Folha Online Brasília - O Grupo Interamericano para a Erradicação da Febre Aftosa (Giefa) vai investir US$ 49 milhões para acabar com a doença em regiões consideradas de risco na América do Sul nos próximos cinco anos. Segundo o representante do setor privado brasileiro no grupo, Sebastião Guedes, os recursos serão investidos principalmente na realização de um cadastro confiável sobre as propriedades, a elaboração de um sistema de controle de trânsito de animais e também em cursos de extensão rural voltados aos pequenos produtores. Guedes informou que deverão ser aplicados aproximadamente US$ 9 milhões por ano nas regiões do Chaco (norte da Argentina e Oeste do Paraguai), nas fronteiras do Brasil com o Paraguai e com a Bolívia, e em regiões do Equador e da Venezuela. Guedes destacou a preocupação nos Estados Unidos com a doença no hemisfério porque no país, maior produtor de carnes do mundo, a erradicação da doença foi feita há 70 anos e não há vacinação hoje. Diante disso, os prejuízos em caso de contaminação naquele país poderiam chegar a US$ 50 bilhões em dois anos. Também têm forte interesse em erradicar a doença o Brasil, a Argentina e o Uruguai, que são exportadores de carne. O presidente do Fórum Nacional Permanente da Pecuária de Corte, da CNA, Antenor Nogueira, disse que o País só tem a ganhar com o controle.